Faço nada perante a imensidão
Que sou eu, que não uma erva,
Pau seco, à beira da estrada?
Ora, vez por outra
a chuva cai em mim e me floresce,
enverdeço,
depois seco.
Sou sempre assim necessitada, incompleta.
A multidão de aves e seres miúdos buscam redimir-me
Pouso em mim não acham, e vagam, vão embora,
Esperando que a natureza de novo refaça meu ser oco e seco.
Tenho a sorte, de vez em quando o inverno florescer
A multidão de aves e seres miúdos buscam redimir-me
Pouso em mim não acham, e vagam, vão embora,
Esperando que a natureza de novo refaça meu ser oco e seco.
Tenho a sorte, de vez em quando o inverno florescer
algo que preste em mim,
E me faço primavera por um instante.
De resto, nada mais sirvo,
Que não, para ser levada ao vento,
Uma semente de poesia,
Sonhando ter asa
Ser céu, ser ave.
Flor nas alturas a acolher as chuvas,
Nuvens, e ares.
Paula Belmino
De resto, nada mais sirvo,
Que não, para ser levada ao vento,
Uma semente de poesia,
Sonhando ter asa
Ser céu, ser ave.
Flor nas alturas a acolher as chuvas,
Nuvens, e ares.
Paula Belmino

Lindo demais,Paula! Ótima semana! bjs, chica
ResponderExcluirPoema maravilhoso. Doce sedução de leitura
ResponderExcluir.
Um dia feliz
Cumprimentos.
Poema lindíssimo. Profundo. Direi mesmo que, é fascinante poeticamente falando.
ResponderExcluir.
Um dia/noite feliz
Cumprimentos