Vivi um grande amor, ainda o amo, além do tempo, dos limites
dos sentimentos, alheio, avesso, mundano, impuro, vadio, platônico.
Não há um poema que descreva a imensidão desse amor que
devia ser varrido da memória e insta em ficar pra sempre aquém do que atropela,
do que sofre, do que foi, do que fez em meu corpo alma e coração, do que ainda
é: Um sonho que nunca acorda!
Um desejo que nunca se realiza, um sentimento que nunca
consegue externar a grandeza de um bem querer, um amor além do tempo, do destino,
algo que a gente não consegue escrever.
Nem todos os adjetivos expressam esse amor que é vida e luz,
inocência e carinho, afeto e paz, ao mesmo tempo pandemônio na alma que não se
satisfaz.
Todos os dias um primeiro e último pensamento, vontade
imensa de voar e poder entre meus pés ligeiros o encontrar e entrar na alma
eternizando assim a triste e doce sina de quem só nasceu pra o amar.
Em todos os momentos estar embebecida de ternura ,
transbordando do último desejo, ansiando o último encontro, um adeus solene, um
olhar ,a pensa um único olhar. Os olhos sãos as janelas da alma e a tua adorada
a mim diria: Fui feliz um dia! Só um íntimo encontro, um debulhar de lágrimas,
um enxugar teus pés com doçura, e assim esmaecer o fogo do amor que me consome.
Em toda vida percorrer a estrada levando essa cruz pesada
que parece nada, quando tuas mãos me procuram, uma palavra, um recado no vento,
um sonho, uma ilusão. Assim vou vivendo estes dias, todos anos, em fervente melancolia e ebulição:
Sofro, choro pela ausência tão grande e morro nas noites quando em minha alma
explodes em paixão
Paula Belmino
3 comentários:
Que texto lindo, amiga, puro amor! Parabéns!!!! Beinjinhoss!!
Belo texto se tú não fosses poeta amiga eu diria que estais apaixonada!!! Amo suas poesias Paula, meus parabéns...
Lindo muito lindo... sai d'alma.
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