segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Desprendimento



Desprendo-me de mim mesma e
Alço voo na folha,
Que solta da árvore, flutua leve,
sem desmerecer a partida,
Apenas vai.
Esvai-se de si, do que foi,

Para ser nova estação,
Caindo ao chão, a transmutar-se.
Lanço-me ao solo fecundo da poesia
Para renascer das cinzas,
E a cada dia, ser novo rebento.
Quem me vê assim,
Tal a folha a voar no vento
Pensa ser loucura, o meu fim,
Mas é só desprendimento para ser,
Noutra vez, com muita cor e perfume
Flor no jardim.

Paula Belmino


2 comentários:

- R y k @ r d o - disse...

Quando se deixa vaguear o pensamento pelo imaginário, acontecem os poemas perfeitos, como o que aqui, e agora, acabei de ler e... reler.
.
Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos


PAULO TAMBURRO. disse...


lindíssimo!!!

Dizem que está ruim pra todo mundo ,mas em nosso blogue HUMOR EM TEXTOS a realidade e contada de forma diferente.
Talvez você concorde.
Quem sabe?
Um abração carioca e lhe espero por lá.