sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A chupeta Pepeta




A chupeta Pepeta

Era uma vez uma chupeta vermelha de bolinhas, ela vivia triste por que ninguém a comprava.Todos a viam na farmácia, mas a olhavam meio enojados e acabavam por deixá-la sempre sozinha.
As mães chegavam apressadas e se haviam perdido a chupeta adorada do filho só queriam escolher uma de mesma cor, mesmo bico, mesmo formato.E a chupetinha ficava sempre tristonha encolhida em seu cantinho de plástico.
Uma mãe que resolvera não dar chupeta ao filho foi passando e a viu, olhou, admirou-na e achou a Pepeta linda, fashion, e muito engraçada. Pepeta ficou corada de alegria e toda saltitante ficou quando soube que ia ser amada por sua nova dona.
Os dias passaram e Pepeta era adorada, beijada, aquecida, guardada com cuidado, tal como os bichinho amigos da menina. Se em algum momento a menininha a deixava cair, logo e prontamente a mãe a vinha cuidar dela, e era uma hora de banho quente, fervente, pra deixar Pepeta sempre limpinha e cheirosa.
A menininha cresceu e com Pepeta desenvolveu-se, mas sempre que queria carinho estava a procura-la  como que fosse um abraço, se desejava dormir não a largava , e se ao dormir ela saia de perto, ah! Ai sim abria o berreiro!
Os meses passaram e a mãe da menina percebeu que ela estava crescendo demais pra ser amiga de uma chupeta, eram as conversas em murmurinho, eram dicas de avó, eram recomendações médicas, todas essas a fim de que Pepeta fosse deixada pra trás.
Pepeta era de vida e sonhos de criança, mas de uma infância primeira, e a menina já havia deixado sua infância crescer.
A mãe triste por ter que se despedir da chupeta começou a ler sobre a vida de pepeta, e entre contos leu o conto Minha chupeta virou estrela, e pode ver que a chupeta é um vínculo de mãe e filho, uma demonstração de carinho, um apego a criança que cresce e que as mães teimam em deixá-la ainda pequena, mesmo que se deseje o crescimento e amadurecimento infantil.
Foi assim depois de conversas e reflexões do uso amigo da chupeta Pepeta que a mãe passou a retirá-la do quarto, das tardes assistindo a tv, da manhã preguiçosa e da boca da menina por conseqüência.
Pepeta não ficou triste, sabia que sua função fora bem exercida e que a menina sentiria saudades, mas depois a esqueceria, e guardaria com ela na memória e nas fotografias.
Sabia que seria lenda, estória, poesia!
Como a que sua mãe escrevera um dia.
Pepeta adormeceu, a menina ia pra escola, brincava, comia dançava e dela esquecia,
A chupeta Pepeta fora encontro, uma vida, consolo de choro, euforia.
Agora pepeta era a estrela do conto de Pedro e uma linda poesia... Que a menina só leu depois que cresceu.

Paula Belmino
*Memória a Chupeta Pepeta (assim Alice a chama) vermelhinha de bolinhas brancas, que por vezes foi comprada em réplica pra enganar a menina!

2 comentários:

chica disse...

Adorei esse texto tão carinhoso sobre a relação chupeta e crianças, tão normal em nossas casas e em todos os lugares. Lindo!um beijo pra lice que está lindinha.chica

Solange Maia disse...

Minha querida amiga...
Vim agora ler seu belo texto inspirado lá no meu "meninos também choram". AMEI.
Realmente somos todos uma alma só, e devemos deixar fluir, tanto o amor, como as lágrimas... e salve, salve quem deixa os olhos líquidos a ponto de escrrerem, não importando em nada se são meninos ou meninas !!!
Você é uma fofa !!!
Seu texto é belo.
Lindo demais.

Amei também a chpeta Pepeta... um carinho para quem lê !!!!

Obrigada pelas visitas no

http://eucaliptosnajanela.blogspot.com

Fico feliz, feliz !!!
Beijo carinhoso,
Solange