Mais um Dia
Há dias em que o peito parece explodir, qualquer cheiro,qualquer
som de uma canção me faz chorar...É a
saudade, a tua lembrança a me dominar.
O tempo passou ligeiro e nos afastou , mas eu ainda lembro
como se fosse hoje aquele seu olhar.O jeito de andar, o respirar, o suor na
nuca, o doce falar.
E você será que ainda
lembra de mim?
O que aconteceu pra nos distanciar tanto assim?
Hoje é um dia em que eu preciso gritar, escrever esse choro
entalado no peito e desabar, implorar as estrelas um pedido , um sonho a se
realizar: Que eu pudesse voltar no tempo e poder lhe dar um abraço apertado e
dizer como eu amo você.
Haverá algum dia que esse sentimento venha a esfriar?
Será que eu poderei novamente sua boca beijar?
Lembro o sabor da sua boca e depois de seus beijos nenhum
outro beijei, suas mãos roubaram meu coração e só em dor me tornei.
Hoje é dia de saudade aflorada, de mais uma madrugada em
insônia me debruçar, soluçando a angústia da tua ausência.Onde andarás?
Há dias em que tento esconder o amor, esse infinito
sentimento que me leva á prisão, não sou mais quem eu era , livre, amante em
singela emoção.Sou agora apensas saudade, escrava de tua vontade, e de um
desejo realizar: Ouvir tua voz, um sinal de amizade, e um pedido de paz entre
nós.
Hoje é dia que eu desejo seu corpo nu sobre o meu e me
magoo entre os meus solitários lençóis, pois o tempo passa e cada noite se vai
me deixando ainda mais só.
Hoje é dia em que mais uma poesia registra aqui no vazio o
quanto eu tenho de nós.
Paula Belmino
4 comentários:
Lindos e saudosos questionamentos! Muito intensa a saudade! beijos,chica
Paula,vc está parecendo uma menina!Que foto mais linda!Um texto comovente de saudade!Bjs e meu carinho,
Há dias na vida que a gente sente este peso e ficam as lembranças a nos fustigar,mas que em poema ficou lindo Paula.
Parabens pela inspiração/cosntrução.
Meu abraço de paz e luz amiga.
Bjo.
Paula, o poema é simplesmente inenarrável. Mas é uma pena que as obras mais lindas dos poetas, são "construídas" nos momentos mais tristes que estamos vivendo. Fazer o quê? é sina dos poetas:escrever o belo, o lindo, o tocante, com o próprio sofrimento.
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