sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Receita de Felicidade



Para uma criança ser feliz não é preciso brinquedo caro,
a roupa da moda, o passeio mais distante, uma viagem internacional.
Para que uma criança se sinta feliz, não é preciso um brinde pelo bom comportamento, um doce em troca de boa educação, um presente para anular a ausência dos pais.
Não é preciso fazer promessas que se sabe não hão de se cumprir.
Para uma criança ser feliz é preciso apenas ter ao seu lado um amigo, alguém para se brincar, na leveza do tempo, na simplicidade do lugar, no cair da tarde unindo tiras de retalhos de tecidos e numa árvore pendurar, dividindo a brincadeira, o girar da corda para alcançar estrelas.
Para que duas amigas e uma árvore sejam felizes, basta apenas imaginar, criar, inventar. E uma corda feita de tiras de pano vira brincadeira e muita gargalhada.
Para ser feliz a criança só precisar conviver em paz com quem ama, e  sentir a brisa de leve tocar-lhe a face de anjo e num pular de corda subir ao céu na sua imaginação e com um pirulito na boca o sorriso adocicar.De pés descalços no chão sentir a aterra fértil que trás energia e vida.
Foi assim o fim da tarde da Alice e da amiga Jarlene, na simplicidade, numa brincadeira inventada com amteriais ao alcance das duas para substituirem a corda. Podia faltar tudo, menos alegria, amizade e brincadeira. Assim elas têm a infância protegida e o sabor de ser criança de verdade.

Paula Belmino



Meus brinquedos

De repente
Ao lembrar dos brinquedos queridos
Que ficaram esquecidos
Dentro do armário
Me bate uma saudade
Me bate uma vontade
De voltar no tempo
De voltar ao passado
Mas nada acontece
Nada parece acontecer
E eu choro
Choro como o bebê que fui
E a criança que quero voltar a ser
Não quero crescer! –

 Clarice Pacheco

2 comentários:

Toninho disse...

Uma saudade danada esta da Clarice.
E ser feliz como criança é mesmo esta simplicidade da qual fala Paula, uma lata furada, uma corda surrada, uma corrida pelo campo. Criança quer é ser feliz, não busca pompa nas coisas, mas gosta de carinho e atenção. E no mundo da tecnologia muitas vezes os pais entopem as crianças de parafernálias eletrônicas e elas não são felizes.
Uma bela reflexão amiga.
Um abraço para a Alice feliz.
Meu abraço Paula.
Beijo

Tina Bau Couto disse...

Amei tudo, fotos, poesia, reflexões...

O valor das coisas não está no quanto custaram, mas na candura que temos por elas, no apreço, nas referências, na utilidade, no uso...

Como indaga e filosofa Confúcio:
"Qual seria nossa idade se não soubéssemos quantos anos temos?"

Eu tenho uns 3 para 4 e vc?