terça-feira, 27 de janeiro de 2009






Vereda de Amor


Tanto procurei o caminho

Enveredei-me por ele

Ao encontro do jardim

Observei flores, amores,

Rosas que se abriam pra mim

E de lá avistei uma trilha

Um percurso curto e bonito

Que me levava ao infinito de sensações

Guardei a estrada dentro do coração

Pus sobre meus olhos a vereda enluarada

A silenciosa curva de amor

Fui esperando sua chegada

E na sua companhia faria um trajeto

Seguindo os passos do amor

De mãos dadas como na infância

Olhando borboletas e crianças

A brincarem por entre as árvores

A estrada a me esperar

E eu ali ansiando sua presença

A vereda calada a me convidar

O vento veio

O tempo a trouxe

Sua mão eu pude beijar

Mas tive medo, receio,

Uma certa vergonha de te abraçar

Minha alma aberta, o corpo fechado,

Somente lágrimas a derramar

E a tarde caiu vazia

O dia passou sem dar lugar

Não passeamos pela estrada

Pela vereda não pude passar

Ficaram lá as borboletas

As flores todas que ia te dar

Ficaram lá os passarinhos

O silencio do caminho

E o meu sonho de criança

Andar contigo de braços dados

No jardim de sonhos da minha infância


Paula Belmino


*Esta poesia nasceu hoje cedo ao lembrar dos planos que fiz com a vinda da minha mãe aqui e não pude realizar pelo pouco tempo que ela passou comigo.Atrás do meu condomínio tem uma vereda assim , descrita nos versos, cheio de silêncio e paz, flores e passarinhos, e eu sonhava passear com ela por lá , porém não deu tempo, ela já foi embora pra cidade Natal e eeu fico na saudade e ansiedade de que um dia ela retorne pra que jiuntas possamos ouvir os cânticos dos pássaros, sentir a calmaria do lugar e nos envolver no silêncio, deixando que só a voz do amor no coração possa falar.

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