quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Não me toca, seu boboca!


Cuidar das crianças é dar a elas proteção e ensinar a elas a reconhecerem uma situação de violência e abuso sexual
De forma lúdica a literatura é uma grande ferramenta para conversar abertamente com as crianças sobre um assunto tão sério. Vale salientar  que a proteção das crianças é responsabilidade de seus pais e que deve-se usar uma linguagem apropriada e também falar o necessário de acordo com a maturidade da criança, mas sempre dialogando e observando sempre o comportamento das crianças quando retornam de algum atividade com adultos

Cabe aos pais e responsáveis:

- Quando você deixar o seu filho sozinho com outra pessoa, seja adulto ou adolescente, procure que possam ser observados. 
- Favoreça situações nas quais o seu filho se integre em grupos.Mas fique atento como buscar conhecer os responsáveis e monitores e ficar atento quando a criança retorna;
- Ensine o seu filho com o exemplo. Evite o máximo possível, estar sozinho com um menor que não seja seu filho. 
- Supervisione o uso da Internet que o seu filho faz. 
- Ensinar a criança a não aceitar presentes de estranhos
-Orientar para que não deixe  que toque em áreas íntimas do seu corpo

Muitas são as ações de proteção e segurança para manter as crianças longe de violência
A  Aletria caba de lançar o livro: Não me toca, seu boboca escrito por Andrea Viviana Taubmam e ilustrado por Thais Linhares, tendo o cuidado de pensar numa história em que os personagens são animais Como a coelhinha Ritoca que enfrenta uma situação de encontrar um tio aparentemente gentil que quer enganar ela e seus amigos, mas que felizmente consegue escapar.
Para escrever esse livro contaram c com a consultoria de profissionais que trabalham dia e noite pela proteção de crianças e adolescentes. Psicólogos, juízes, advogados e a fundação Childhood Brasil.

O livro chegou aqui e já foi usado com Alice e as amigas e ontem também ela levou para ler com a turma dela na escola. Um assunto sério que precisa de orientação e de muito cuidado de pais, professores, responsáveis.






Assistam o vídeo da Alice e suas amigas respeitando amadurecimento de cada uma




Para ler o livro digital:


Vejam a entrevista com a autora:

Como proteger as crianças do abuso sexual?

Para prevenir que abusos aconteçam, é importante ensinar às crianças e aos adolescentes a diferenciar uma brincadeira de uma potencial situação de risco e fortalecer suas capacidades para que possam se defender e denunciar quando uma pessoa age de maneira inadequada com elas.

No entanto, falar sobre este tema é, muitas vezes, uma tarefa bastante difícil para pais, mães, familiares e demais profissionais da área de educação, saúde e assistência social. Pensando nisso, a Aletria lança o livro "Não me toca, seu boboca!", escrito por Andrea Viviana Taubman e ilustrado por Thais Linhares
Para chegar no formato final do livro, Andrea e Thais contaram com a consultoria de profissionais que trabalham dia e noite pela proteção de crianças e adolescentes. Psicólogos, juízes, advogados e a fundação Childhood Brasil foram importantes parceiros para a criação de "Não me toca, seu boboca!".
Na semana que antecedeu o lançamento do mais novo livro, o Blog da Aletria conversou com Áurea Domingues, psicóloga do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Áurea, juntamente com Christina Mendes, Glicia Brasil e Sandra Levy, foi uma das profissionais que colaborou amorosamente com as revisões técnicas dos textos que contam a história de Ritoca, personagem do livro "Não me toca, seu boboca!". Leia abaixo a entrevista completa:




1) A literatura, com sua ludicidade, sempre foi importante mediadora para temas delicados como a morte e a sexualidade, por exemplo. Como um bom livro pode se tornar aliado de conversas difíceis entre pais e filhos? 
A literatura infantil é um excelente aliado para conversas difíceis no âmbito familiar, pois explora o imaginário infantil de uma forma lúdica e leve. Assim, um bom livro evita impactos negativos na mente da criança ao abordar assuntos delicados, como é a questão do abuso sexual.

2) No caso da temática da violência sexual contra crianças e adolescentes, a delicadeza do assunto exige um cuidado especial para elaboração do livro, a fim de informar, orientar e proteger nossas crianças. Enquanto psicóloga, como foi o processo de colaborar para a criação de "Não me toca, seu boboca!"? Quais foram os maiores desafios? 

Me senti muito honrada em poder participar da elaboração do livro orientando a autora Andrea Viviana Taubman com questões da área da Psicologia sobre a dinâmica do abuso sexual. O primeiro encontro com a escritora foi muito emocionante. Fizemos uma breve reunião no ano passado, em que foi apresentada a sala de atendimento às crianças vítimas de abuso sexual no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. À medida que Andrea lia o seu texto (primeiro esboço do livro), eu me lembrava dos casos difíceis que já atendi. Foi difícil evitar as lágrimas, pois o que ela descrevia no livro exemplificava os processos em que eu atuava. Construímos ali uma excelente parceria e, desde então, fui acompanhando e opinando na elaboração do texto e também nas excelentes ilustrações da Thais Linhares. Foi importante explicar que na dinâmica do abuso, muitas vezes, o abusador tenta ganhar a confiança da criança se aproximando de forma doce, delicada, com elogios, oferecendo presentes e utilizando um linguajar infantil. Assim, fica difícil para a criança identificar que está sofrendo um abuso. O maior desafio foi traduzir essa dinâmica do abuso para o livro com um vocabulário de fácil assimilação para as crianças. 



3) Por que é importante trazer esse assunto para conversas dentro de casa?

É muito importante que esse assunto seja discutido em casa, para que as famílias possam trabalhar a prevenção. Assim, os responsáveis podem ensinar a criança a identificar uma situação abusiva. Por exemplo, quando um adulto pede para tocar suas partes íntimas em troca de presentes ou exigindo que a criança não conte para ninguém; quando um adulto pede para a criança tirar fotos nua ou com roupas íntimas; quando um adulto marca um encontro sem o conhecimento dos pais; é preciso dizer também para criança ter muito cuidado com quem conversa na internet e jamais enviar fotos ou marcar um encontro com um adulto desconhecido.

Além disso, muitas crianças não se identificam como vítimas de abuso e se sentem culpadas, acreditando que são provocadoras dos fatos. Como consequência, sentem vergonha e medo de revelar. Vale ressaltar que muitos casos ocorrem no ambiente intrafamiliar, sendo mais difícil que a criança revele para um adulto de sua confiança. Nesse sentido, quando o assunto é tratado dentro de casa, empodera a criança para identificar, se defender e revelar uma situação de violência sexual.
4) Você acha que o abuso infantil ainda é visto como uma questão privada e não como uma causa de interesse público? Para você, qual a importância de trazer essa discussão para dentro de produtos culturais como livros, filmes etc?

Sim, infelizmente a questão do abuso infantil ainda é vista como um tabu. É um tema delicado e enfrenta resistência nos espaços de discussão do poder público. Mas essa é uma questão que precisa ser mais discutida publicamente na sociedade.  A criança vítima de abuso merece respeito e proteção, e jamais deve ser culpada pelos abusos. A culpa nunca é da vítima. Entretanto, vemos crianças sendo culpadas, dentro de casa e até na rede de garantia de direitos. Por outro lado, o abusador não tem cara, está presente em qualquer aparência física, etnia, religião, gênero, idade e classe social. Nesse sentido, nem sempre é facilmente identificado. Sendo assim, é muito importante que esse assunto seja tratado em livros, filmes, novelas como forma de prevenir que essas situações ocorram ou que fiquem impunes.  


Créditos do blog Aletria

https://www.aletria.com.br/blog?single=Literatura-e-informacao-contra-o-abuso-sexual

Em casos de suspeita de violência e abuso sexual denuncie


Disque 100: serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, da SPDCA/SDH. Basta discar o número 100 (é gratuito e aceita ligações anônimas);

Proteja Brasil: Esta iniciativa do UNICEF permite que sejam feitas denúncias diretamente por um aplicativo disponível para android e IOS, além de localizar os órgãos de proteção nas principais capitais e ainda se informar sobre as diferentes violações. As denúncias são encaminhadas diretamente para o Disque 100.

6 comentários:

chica disse...

Importante esse tema...atual é necessário ser abordado.vou procurar por aqui! Bjs chica

Cidália Ferreira disse...

Amei a postagem... Parabéns

Beijos e uma tarde feliz

Toninho disse...

Excelente postagem Paula, esta questão ficou solta com os avanços tecnológicos e liberação geral do uso da internet a cosia ficou mais perigosa e solta. A conversa deve ser geral, não se limitando nem à família, nem à escola. A recene polemica de uma apresentação em São Paulo de uma "arte" onde crianças tem contato com o nu adulto, mostra o nível de coisa a que as crianças estão expostas e assim percebemos como elas estão vulneráveis. O direito a ser criança não pode hoje sobrepor à consciência de defesa e ao entendimento das maldades do mundo moderno com todas as suas mazelas. Tornou-se complexo educar e proteger uma criança e todas as medidas são bem vindas, bem como todos os tipos de publicações que realçam estes perigos e defesas.
Gostei muito e penso que devemos estar sempre batendo nesta tecla para que fique claro, o nível de perigo a que estão expostas.
Parabéns por compartilhar e fazer parte desta corrente.
Meu carinhoso abraço de paz.

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

De uma relevância total essa temática! Era para todo professor ter esse livro, pois ele dá suporte e conhecimento de como lidar de modo lúdico e acessível as crianças com essa temática tão delicada.
Beijos carinhosos!

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida Paula!
Você se esemera muito nas postagens e dá gosto de passar por aqui.
Tenho netinhos e procuro me inteirar de temas atuais para poder ajudar mesmo que de lognge.
Desde ontem eu li mas não consegui passar pois o sono me dominou, rs...
Tenho medo da tal violência doque naão tem nada de 'boboca" (expressão que ouvia e dizia muito em criança) pois sei da gravidade que pode ferir a alma dos infantes para sempre e oro ao nosso Bom Deus para que nos dê libertação deste grande mal de pessoas sádicas que não sabem viver a energia sexual favoravelmente.
Pensar que tem pais estupradores, meu Deus,como isto é possível?
Só pode ser mesmo uma gravíssima doença sem cura... é uma monstruosidade horrível!
Admiro ver Alice lendo e me recordo de mim que me afoguei em leituras na infância, adolescência e até aqui... é muito bom o mundo de novos horizontes!
Seja muito feliz e abençoada!
Bjm de paz e bem
P.S. Preciso do seu e-mail para possibiltá-la a ter acesso aos meus blogs privados. Será uma alegria para mim. O meu é roseliareis3@gmail.com

Luma Rosa disse...

Boa tarde, Paula!
Esse assunto muitas vezes é complicado de abordar dentro das famílias, que dirá para uma criança que nem sempre tem argumento para se comunicar. O livro é super bem-vindo!!
Quando promovi a blogagem coletiva "Contra a pedofilia. Em defesa da infância" não havia tanta informação na web e as pessoas tinham receio de falar sobre o assunto. Tanto é que o comentário recorrente era: Que assunto pesado para tratar!
Porque em nós, as crianças são sagradas e constatar que essa violencia pode estar no antro familiar é como mutilar o "Lar doce lar".
As informações chegaram e aprendemos muito juntos. As células foram lançadas e o Senador Magno Malta vestiu a camisa da causa quando enviamos ao senado a proposta de uma CPI. Ele foi o único que nos atendeu.
Os blogues também possuem a função social e estamos aqui nessa vida para isso: Para evoluir e melhorar a experiência de viver!
Beijus no coração!!