sexta-feira, 22 de maio de 2020

De longe, Um abraço. Dia do Abraço


Quando a distância impede o abraço
Os corpos colados,
O rosto a se roçar
Sentir o cheiro do pescoço amado
O afago dos cabelos do outro a nos tocar,
A alma se sente vazia,
Pois abraçar é energia
É como se a gente trocasse de lugar.


Na distância, os corpos afastados,
O rosto encoberto
É impossível tocar,
As mãos não mais se apertam,
A alma saudosa, inquieta,
Sente falta do abraço apertado, e
Tristonha reclama:
Abraço e festa!


E feito um consolo
O abraço diferente de mostra
Ganha nova forma
e com voz da razão declama:
Não se pode afastar quem se ama!

Então, ainda distanciados,
Os olhos sorriem e se encontram,
Afeto na voz canta saudade
E se faz ternura nas linhas da face.
O corpo inteiro fala,
Balbucia, abrace!
De um novo jeito
Modo abraço remoto.


Em tempos de distância:
Uma ligação, um bilhete, um afago,
Um poema lido, uma oração ofertada,
Tudo isto é abraço!

E se os olhos se encontram, sorriem
E nossa alma, com a alma amada
Pelos olhos se abraçam!


Paula Belmino

4 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

E que saudades de dar e receber um abraço. Mas logo logo se voltará a poder abraçar que se gosta e quem se ama. Temos de acreditar...
.
Cumprimentos
Proteja-se

chica disse...

Lindo e Tudo mudou nesses dias! Só virtuais os abraços! Bjs,chica

Anônimo disse...

Boa tarde, Paula!


O olhar tem poder de expressar para além das palavras e abraço.

Beijo!

Renata e Laura

" R y k @ r d o " disse...

Belíssimo poema. Poetiza magistralmente bem a situação em que vivemos atualmente. Poeticamente perfeito. Gostei muito de ler.

Bom fim de semana