sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Delírio




É como se meu coração desfalecido
recebesse uma injeção de adrenalina
e descompassado em taquicardia,
voltasse a viver.
As batidas desenfreadas dizem teu nome
E na sensação de quase morte posso te ver, te tocar.
Ouço tua voz me chamar
E teu cheiro me conduz ao passado,
onde o infinito se reencontra pelo prazer,
Um mundo que só existe pelo sonho.
E a cada sinal de ti, deliro,
Canto, sorrio
Morro e vivo.
Passado e presente voltam a se encontrar,
E nossas almas se entrelaçam e dançam
Neste mundo etéreo criado pra nós.
E quando a matéria pensa em libertar nossos espíritos
O dia amanhece
E traz de volta a realidade
Embora, ainda preso em nós, o pássaro da saudade cante
Esse amor que ficou pra trás.

Paula Belmino

Um comentário:

Renata disse...

Bom dia, Paula!

O pássaro da saudade sempre canta sonhos de um mundo melhor onde, reiniciado, o planeta nos presenteie com o senso de missão da vida e esforços de quem acreditou nessa esperança e viveu com base nela recompensados.

Beijo!

Renata e Laura