Este ano fui mais uma vez convidada para ir no Seminário da Revista Crescer que tratou em duas mesas de debate sobre o tema: Família Geek. Mediado por Marcelo Tas, apresentador e colunista da CRESCER, o papo foi, por surpresa de todos, otimista em relação à influência que a tecnologia exerce sobre as famílias. “Nós, pais, precisamos entender que essa nova geração nasceu em uma era tecnológica. Por isso, temos de aceitar esse mundo que estamos vivendo. Eu celebro essa nova mídia. As crianças têm mais possibilidades, podem construir, inclusive, um conhecimento de maneira mais rápida. Eles são felizes de terem nascido nessa época”, diz Beth Carmona, educadora, da ONG Midiativa.
O surfista, ator e modelo Paulo Zulu, proprietário de uma pousada na Guarda do Embaú, Santa Catarina, que conta ter crescido longe da tecnologia, sabe que é fundamental os filhos estarem inseridos nesse mundo virtual, mas com – muito – equilíbrio. “Eu sempre falo para eles que as relações humanas são o principal fora do virtual”, diz. E brinca contando que se rendeu à tecnologia ao comprar um laptop há cinco meses. “Fui para Java, na Indonésia, e pude falar com meus filhos pela internet. Consegui estar de alma presente. Por isso digo que uso a tecnologia, mas não me escravizo. Prefiro explorar o mundo pela vivência, e é isso que procuro mostrar às crianças.”
Na sequência, o diretor de entretenimento da Editora Globo, Saulo Ribas, apresentado como Geek por Marcelo Tas, brinca dizendo que “quando você não nasce com a cara do Paulo Zulu é fundamental saber configurar o telefone da mulher”. Após arrancar risos de debatedores e público, Saulo diz que é preciso acabar com a ideia de que a tecnologia cria uma ruptura no cérebro da criança com o resto do mundo. Pelo contrário. “É bacana o potencial criativo das crianças na internet. Ela pode até encontrar um caminho profissional ali, com sua experiência no mundo virtual”, diz.
Além de tudo que aprendemos lá tive o prazer de encontrar amigas virtuais e queridas como a Denise Brandt do blog
Foi um dia maravilhoso, com direito a fazer foto com a linda e super feliz e de bem com a vida que debateu com outras mães o tema :24 horas é pouco?
Culpa e perfeição. Será que esse conjunto é o faz com que sintamos que 24 horas é muito pouco para conseguir dar conta de tudo? Cao Hamburger, cineasta, roteirista e diretor premiado, com obras como Castelo Rá Tim Bum, da TV Cultura, abre o segundo painel, mediado pela jornalista e apresentadora da TV Cultura, Maria Cristina Poli, reforçando que os homens que são pais e querem ficar com os filhos sofrem também com a falta de tempo. “Temos o mesmo drama das mães”, diz. Cao afirma que, enquanto, por um lado, as crianças acabam solicitando mais às mães que os pais, é difícil muitas vezes ganhar um espaço ali entre elas e as crianças.
É aí que a divisão de tarefas do dia, que poderia ajudar as mães a lidarem com tantos papéis, fica mal dividida. “A mãe quer que o pai participe, mas do jeito dela. Então, na terceira chateação, os homens não querem mais participar. É aquela coisa da mulher equilibrista. A mulher tem que aprender a dividir o poder”, diz Cecília Troiano, psicóloga e autora de Vida de Equilibrista (Ed.Cultrix). E a atriz e apresentadora Denise Fraga se lembra do que aconteceu outro dia na sua casa. “Quando estava ensaiando para uma peça das 18h às 2h da manhã, fiquei ausente por um mês durante esse horário da vida das crianças. Uma madrugada, ouvi um de meus filhos chamando pelo pai, e enlouqueci”, conta rindo.
A jornalista e apresentadora do Jornal Hoje, da TV Globo, Sandra Annenberg lança uma discussão sobre o quanto não devemos querer sempre ser perfeitas. “Todos vivemos contra o tempo. E não dá. Sentimos culpa por não darmos conta, por isso precisamos assumir que não somos 100%”, diz. E Cecília complementa. “A busca de ser 10 em tudo é insana, e traz um desgaste do bem-estar emocional da família toda. Temos uma volúpia para fazer, e precisamos aprender a delegar”, diz. Como prova da correria que vivemos, nesse momento do Seminário, Sandra Annenberg se despede do público para entrar ao vivo no Jornal Hoje.
E será que qualidade vale mais que quantidade? Essa foi a provocação de Poli à Denise Fraga dizendo que para ela precisava de mais quantidade, sim. “Meu pai foi muito ausente em minha vida, mas nunca esqueço quando ele me levou ao Museu do Índio. Outro dia fiz um passeio com meus filhos assim, de um dia. Fomos da minha casa até a Igreja da Santa Cecília. Foi uma delícia. Por isso, acho que é a qualidade que importa”, diz.
Para finalizar, Poli levanta questiona: “Como conciliar ser pai, mãe e proporcionar um lugar legal para cuidar dos filhos”? “Precisamos escolher o que fazer. Selecionar coisas que não precisamos e tirar uma tarde de folga”, diz Denise. “E entender que ser um pai ou mãe nota 8 não tem problema algum. Precisamos aprender com nossos filhos. A culpa é um problema mais nosso do que é para eles”, afirma Cecília. E assim encerramos mais um Seminário para discutir e encontrar em conjunto com pais e especialistas soluções para que possamos ser pais mais felizes e criar filhos mais felizes também.
**texto extraído do site da crescer
Meu carinho ás amigas Denise Brandt que ainda levou presente das bonecas de papel pra Alice, Marcela e tatiana passagem, amei estar com vocês.
Paula Belmino
**detalhe: a bolsa que uso foi presente da Jacris, uma marca linda de Fortaleza que logo logo pinta aqui com mais novidades .Aguardem
Um comentário:
Paula,parabéns pela participação nesse seminário!Vc sempre antenada!Adorei,amiga!Bjs,
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