segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Chuvinha Pinga Pinga



Plinc, plonc,
plonc, plinc,
uma cantoria sem fim.
Chove fino.
Lá fora, os sapos
coaxam no jardim.

Plinc, plonc,
plonc, plinc,
coral de pingos de chuva,
flores sedentas se abrem.
Traz poesia e vida
a chuva no fim da tarde!

Plinc, plonc,
plonc, plinc.
Chuva mansa a correr é riacho.
Banha o chão  a dançar,
deságua entre as pedras,
doce fonte a cantar.



Plinc, plonc,
plonc, plinc,
fina chuva no telhado.
Molha a calçada, banha o mato,
suave melodia 
o coral de chuva afinado.

Plinc, plonc,
plonc, plinc,
névoa e sereno.
Pinga, pinga, esverdeia a mata
alegra o dia
a bela
chuva de prata.

Plonc, plinc,
plinc, plonc.
Doce
chuva calma,
De gota em gota
a fazer
lagos, rios, riachos
a banhar os dias de paz.

Plinc, plonc,
plonc, plinc.
Abençoada chuva molha a terra,
germina sementes,
alegra as crianças
e a alma também floresce
de fé, renovo e esperança.


(Paula Belmino) 

Ilustração de Danda Trajano

4 comentários:

chica disse...

Ficou linda essa chuvinha caindo em gotinhas ... Aqui já estamos cansados dela!rs bjs, chica e linda semana!

Anônimo disse...

Lindo desenho e poesia! Aqui estamos precisando dela, a chuvinha. Beijo. Renata e Laura

Majo Dutra disse...

Não é só a chuva que alegra as crianças e floresce as almas...
O seu poetar também.
Abraço
~~~

Toninho disse...

Poesia gostosa de ler Paula com estes sons cadenciando a poesia.
Pode-se ver as plantinhas se abrindo para a chuva e os sapinhos a pular.
Bonito amiga.
Abraços com carinho.