Deixa essa raiva pra lá
Só faz ferir o coração
Se algo lhe constrange
Ara o peito e diz então
Raiva só de injustiça
Pra impulsionar à luta pelo melhor
Se for sentimento que enfurece
Alarga o sorriso e não se sinta só
Deixa a raiva em excesso de lado
E de alma leve cante uma canção
Sentimento que cause emoção
Raiva e agressividade não combinam
Melhor usar a força desse sentimento pra
Construir novo rumo, nova história
Boas rimas.
Paula Belmino
A onda da raiva, um sentimento difícil de se trabalhar, que exige da gente a sabedoria para conter e saber lidar, saber quantificar, e usá-la de forma saudável. Mas como pode um sentimento que parece ruim fazer o bem? É como tudo que filtramos , em demasia a raiva pode minguar o caráter, pode arruinar a personalidade, afastando as pessoas , trazendo agressividade, e até mesmo tornando a pessoa passiva quando não se dá conta de que a raiva pode sim transformar e mudar o estado de inércia e conformismo para uma luta por melhoria. Por exemplo, quando a gente vê um animal ser maltratado e sente raiva da situação, da qualidade de vida que os bichinhos vivem na rua, e usa esse sentimento de raiva para ações que promovam a adoção, o cuidado com a castração e de leis que amparem os seres desfavorecidos. Usar a raiva para promover melhorias , é bem diferente de não saber lidar com os conflitos e irritar-se sem saber como agir ferir, magoar, incitar a violência.
O livro A onda da raiva de Aline Henriques Reis, Carmem Beatriz Neufeld e Marina Gusmão Caminha, traz á tona esse sentimento de forma lúdica contando a história de duas crianças uma que deixa ser levado pela raiva e acaba sendo alvo de agressividade e sentimentos de culpa e discórdia, e outra que passiva não sabe gerenciar conflitos e sente medo de enfrentar as situações.
Com boas ilustrações o livro é apoio aos pais e educadores nesse processo de trabalhar além da leitura as emoções, o socioafetivo da criança a fim de que aprendam a se autoconhecer e saber usar os sentimentos em prol de uma saúde psicológica e emocional voltada para as boas práticas da promoção da paz e da sabedoria.
As crianças Amós , Apolo, Alice e Hadassa ficaram atentas à história e pudemos conversar um pouco sobre esses sentimentos de enfrentamento da realidade em casos difíceis para eles, o diálogo franco e aberto, uma boa leitura e o suporte afetivo são práticas que devem ser seguidas diariamente a fim de uma infância saudável e um adulto mais humano e sensível.
Para saber mais do livro:
RESENHA
Raiva, assim como qualquer outra emoção, faz parte do nosso "kit básico emocional" e deveria ser vista como uma emoção desagradável pertencente ao repertório de qualquer pessoa. Na dose certa, ela favorece as relações dando limite aos outros de modo a não nos sentirmos lesados e prejudicados. Na dose baixa, traz passividade, na dose excessiva pode trazer agressividade. E, dessa forma, a partir do momento em que a criança ou mesmo o adulto compreende isso, fica muito mais fácil manejá-la.
Este livro pretende ajudá-lo a entender, aceitar, validar, discriminar e quantificar a raiva quando ela surge em nossas vidas e também a pensar que existem formas adequadas e inadequadas de externalizá-la. A expressão assertiva da raiva pode ser uma construção interessante na vida dos pequenos e também dos grandes, que são e sempre serão as maiores referências dos seus filhos.
SOBRE AS AUTORAS
Aline Henriques Reis
Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialista em Psicologia Clínica na Abordagem Cognitivo-Comportamental pela Universidade Federal de Uberlândia. Formação em Terapia do Esquema pela Wainer e Piccoloto Centro de Psicoterapia. Professora Adjunta do curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Terapeuta Cognitiva Certificada pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas com mais de 10 anos de experiência clínica.
Carmem Beatriz Neufeld
Pós-Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professora e Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental (LaPICC-USP). Vice-Presidente da Associação Latino-Americana de Psicoterapias Cognitivas (gestão 2015-2018). Bolsista produtividade do CNPq. Terapeuta Cognitiva Certificada pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas com mais de 15 anos de experiência clínica.
Marina Gusmão Caminha
Psicóloga, especialista em terapia cognitivo-comportamental. Trabalha com crianças há mais de 20 anos, nos primeiros como professora e alfabetizadora e nos últimos 16 anos como psicóloga. Além da prática clínica, dedica-se a estudar, pesquisar e escrever sobre este público que a fascina. É autora e coautora de sete publicações na área. Em parceria com Renato Caminha, criou e coordena o Instituto TRI que, através de cursos, já percorreu mais de dez estados brasileiros, além de outros países como Austrália, Paraguai, Estados Unidos, Portugal e Espanha. Neste trabalho, conseguiu unir suas duas grandes paixões, a Psicologia e a Educação. É também uma das sócias-fundadoras do INTCC em Porto Alegre, coordenadora de cursos de especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental e também TCC na Infância e Adolescência dentro de POA e em outras cinco cidades brasileiras.
Além disso, é casada, mãe de dois pequenos meninos, irmã de três grandes meninos, filha e neta de pessoas que sempre buscaram na Educação o viés para uma sociedade melhor.
DADOS TÉCNICOS
ISBN: 978-85-64468-98-6
Formato: 23 x 16cm | 32 Páginas | Peso: 112g
Acabamento: Brochura
Para adquirir:
2 comentários:
Lidar e trabalhar com esse sentimento é importante! Boa dica,lindas fotos! bjs, chica
Amiga, amei a dica desse livro retratando sobre a raiva, sim é um tema difícil e os livros são muito bem vindos para abordagem.
bjs
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