Em nós vive a ternura
infinita, a força em nada a se comparar, a mudança a ferro e a fogo, o dom de
ser capaz de gerar vida sempre a florescer.
Mulheres de peito aberto, femininas,
dona de seu corpo, e de seus seios a amamentar o filho em praça pública, numa
sociedade machista que brada e aplaude ao corpo nu, e no entanto se constrange
com o afeto puro e natural.
Mulheres que somos sempre
em feridas, do pranto pelas mães, mulheres que perdem seus filhos e filhas na
violência de um mundo desumano, gotejando a alma pelos cantos, essas mulheres
de lágrimas.
Mulheres que somos ,
trabalhando tão quanto e ou ainda a mais que os homens , e mesmo assim não se
têm garantidos mesmos direitos, mesmos salários, mesma valorização. De casa pro
trabalho, do tanque pra pia, dos livros ao sonho, do canto à poesia, mulheres
extraordinárias que lutam noite e dia e ainda são chamadas do lar.
Mulheres que somos que
comemoramos hoje o mínimo, um dia, apenas um dia de vitória dada em causa
injusta na morte de quem lutou com ousadia, e permanece ainda, lutando bravamente a
eternidade contra silêncio dos aflitos, para calar a voz do machismo,e que em si pulsa a feminilidade, a atitude de
superar desafios, de ser vista além da beleza do corpo em fina flor da
juventude que se atavia, mas pela alma forte e fervorosa em tudo que se
desafia.
Mulheres que somos,
jovens, mães, profissionais, crianças, amadas, culturais,atemporais, mulheres que devem ser enxergadas não pela
classe, nem pela cor, credo, ou crença, mas por seus ideais,
Mulheres que fazem mil
coisas ao mesmo tempo e anseiam entre
tudo, o mais forte desejo dentro de si:
O de serem tratadas iguais!
Paula Belmino
Eu e Alice usamos Lecimar
Fotografia de Naline Joele
3 comentários:
FELIZ NOSSO DIA! bjs,chica
Excelente e muito verdadeiro teu texto Paula!
Parabéns atrasado pelo nosso dia, que é todo dia.
abração com carinho
Parabéns pelo nosso dia amiga!
Belíssimas palavras, bjs
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