segunda-feira, 6 de julho de 2020

O amor é borboleta








O amor é  delicado como asas de borboletas. 
Um vento forte demais esgarça a trama e a sutileza de suas cores.
O amor é  sensível tal como as antenas da borboleta que percebe afrontas e rumores de morte, e em qualquer terreno impróprio, desmaia e se esvai.
O amor é uma borboleta frágil e indefesa. Ferida em lugar inóspito,  moribunda, anseia a mão que a salve, o coração  bondoso que acolha, o jardim que lhe sare das agruras vividas.
O amor nasce e morre todo dia, feito a pequena borboleta machucada, com asas dilaceradas, olhos inertes, cores desbotadas... 
O amor morre na dor da inospitalidade, mas renasce em um outro jardim, numa outra flor, noutras mãos e no coração de quem sabe quanto é  terno o amor, 
Leve e raro, como asas de borboletas em dia azul claro.
O amor é uma borboleta, dengosa,
E há  de se ter por ele,  imenso cuidado
Para que renasça sempre em lugar apropriado. 

Paula Belmino


3 comentários:

chica disse...

Tão lindo sempre te ler,Paula! Ótima semana! bjs, chica

" R y k @ r d o " disse...

Será mesmo?

Uma borboleta não faz mal a ninguém. Já o amor....
Mas ok. Percebi a analogia.
.
Bom início de semana
Abraço

Anônimo disse...

Bom dia, Paula!

O amor é alegre feito borboleta e sua poesia empolgante, curiosa, desejosa de ler e reler cuidadosamente cada palavra da mensagem.

Beijo e um miau para a Milú!!!

Renata e Laura