O amor é delicado como asas de borboletas.
Um vento forte demais esgarça a trama e a sutileza de suas cores.
O amor é sensível tal como as antenas da borboleta que percebe afrontas e rumores de morte, e em qualquer terreno impróprio, desmaia e se esvai.
O amor é uma borboleta frágil e indefesa. Ferida em lugar inóspito, moribunda, anseia a mão que a salve, o coração bondoso que acolha, o jardim que lhe sare das agruras vividas.
O amor nasce e morre todo dia, feito a pequena borboleta machucada, com asas dilaceradas, olhos inertes, cores desbotadas...
O amor morre na dor da inospitalidade, mas renasce em um outro jardim, numa outra flor, noutras mãos e no coração de quem sabe quanto é terno o amor,
Leve e raro, como asas de borboletas em dia azul claro.
O amor é uma borboleta, dengosa,
E há de se ter por ele, imenso cuidado
Para que renasça sempre em lugar apropriado.
Paula Belmino
3 comentários:
Tão lindo sempre te ler,Paula! Ótima semana! bjs, chica
Será mesmo?
Uma borboleta não faz mal a ninguém. Já o amor....
Mas ok. Percebi a analogia.
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Bom início de semana
Abraço
Bom dia, Paula!
O amor é alegre feito borboleta e sua poesia empolgante, curiosa, desejosa de ler e reler cuidadosamente cada palavra da mensagem.
Beijo e um miau para a Milú!!!
Renata e Laura
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