Sempre é possível aliar leitura, cuidado, amor, afeto, resgate aos boas lembranças, porque lendo também construímos memórias afetivas de ótima qualidade que nunca irão se perder no tempo.
A leitura é a marca que ficará para sempre no coração e nas lembranças.
Sempre que posso preparo a mesa do café para Alice com um carinho a mais, sem ser preciso ostentar ou mostrar os tipos de alimentos quase raros de nosso cardápio, mas sim incentivando a ela a se alimentar com uma fruta, coisa que não gosta muito pela manhã, e nessa hora oferecer-lhe um livro para ir vendo, sentindo enquanto alimenta o corpo, saciando a alma que é faminta de afetividade e ânsias de cultura e arte.
Hoje uma flor de fruta, uma xícara de café com leite, e soldas (biscoito doce caseiro e artesanal, feito á base de ovos e farinha de trigo, que também pode ser preta com rapadura, canela, cravo, mel e e gengibre) Assim um alimento típico de nossa região e ela vai forrando o estômago e a alma.
O livro Moscas e outras memórias escrito por Eve Ferreti e ilustrado por Fabíola Werlang pela Editora Aletria é do tipo que se mostra terror à primeira vista, apresentando personagens esquisitos, coisas que dá nojo como uma menina que adora brincar com minhocas, uma tia que devido a perda do noivo deixou de tomar banho, mas á segunda olhada é um texto fantástico e excêntrico com incentivo à curiosidade.
O narrador é um menino que começa contar nesse livro , uma espécie de album de família que é sua avó que adora lhe levar para passear na praça, lá ela fica imóvel e só se mexe para matar as moscas que pousam nela e no neto e junta num vidro e leva para casa,
Outra personagem esquisita é uma tia rica que ele nunca viu, mas que todos gostam de contar da boa sorte, pois a tia vive viajando e manda muitos cartões postais, mas parece mesmo que a tia nunca viajou a lugar algum a não ser pelos livros, informação essa que não aparece no texto, mas que as imagens vão denunciando e cabe ao leitor apurar, interpretar, pois imagem verbal e não verbal aqui se misturam e brincam com o leitor.
Além da tia Anne que nunca deixa o menino brincar pois tinha medo que ele se machucasse, ela ficou assim depois do acidente do noivo e parou de tomar banho.
Ainda há histórias de amigos da família , como Edílio, um vizinho que vivia arrumado de forma impecável como sua mãe queria
Ao mostrar a capa na escola as crianças logo pensavam que era contos de assombração, mas foram percebendo que as pessoas da família do menino que narra a história tem manias e costumes esquisitos como todos nós, e que cada um precisa saber compreender as pessoas como elas são.
O livro faz a gente refletir e olhar mais a quem vive ao
nosso lado e por vezes é excluído, é deixado de lado, pelo fato de hábitos
estranhos, ou por viver no mundo da lua.
Ler ajuda e muito nesse processo de compreensão do outro, na empatia, no valorizar as pessoas e se colocar no lugar delas, e se não se pode ajudar, ao menos dar-lhes a chance de ser feliz, com amor, amizade, um olhar diferenciado.
E é por isso que esse livro veio pra mesa do café da manhã da Alice, porque nem tudo no mundo é conto de fadas , há luto, dor, perdas, vazios... Há esquisitices por ai afora e até dentro de cada um.
Moscas e outras memórias é ilustrado como um álbum de família, onde a ilustração conversa com o texto, em tons terrosos de forma poética que comove e dá ao leitor inúmeras maneiras de interpretar e compreender a história.
Possibilidades essas que faz do livro um texto rico cheio de ficção e terror, que por vezes, chega a ser engraçado e não passa de saber olhar com cuidado os detalhes da vida, de cada pessoa.
Ler ajuda e muito nesse processo de compreensão do outro, na empatia, no valorizar as pessoas e se colocar no lugar delas, e se não se pode ajudar, ao menos dar-lhes a chance de ser feliz, com amor, amizade, um olhar diferenciado.
E é por isso que esse livro veio pra mesa do café da manhã da Alice, porque nem tudo no mundo é conto de fadas , há luto, dor, perdas, vazios... Há esquisitices por ai afora e até dentro de cada um.
Moscas e outras memórias é ilustrado como um álbum de família, onde a ilustração conversa com o texto, em tons terrosos de forma poética que comove e dá ao leitor inúmeras maneiras de interpretar e compreender a história.
Possibilidades essas que faz do livro um texto rico cheio de ficção e terror, que por vezes, chega a ser engraçado e não passa de saber olhar com cuidado os detalhes da vida, de cada pessoa.
Na escola as crianças leram, refletiram, e foram incentivadas a buscar nas suas memórias as esquisitices de seus pais, avós, depois criaram um album seriado com essas manias e ilustraram, deram muitas risadas das boas lembranças
Vejam só:
E ainda teve apresentação dos trabalhos com as entrevistas que as crianças fizeram com seus avós, fotografias, curiosidades que elas pesquisaram em fotos e outros registros as mudanças nas
roupas, brincadeiras, costumes e hoje apresentaram na sala para os outros
alunos.
Uma aula rica de conhecimento e aproximação da família!
As crianças citaram por exemplo: a brincadeira bandeirinha, que elas hoje não brincam
O uso de roupas bem compostas, com babados,aviamentos e que se chamava fazenda o tipo de tecido que as avós compravam na feira e eram elas mesmas quem faziam as roupas.
Outra aprendizagem foi sobre a fotografia, antes em preto e branco e muito difícil de se fazer, além de serem reveladas.
Aula maravilhosa com mediação de leitura
As crianças citaram por exemplo: a brincadeira bandeirinha, que elas hoje não brincam
O uso de roupas bem compostas, com babados,aviamentos e que se chamava fazenda o tipo de tecido que as avós compravam na feira e eram elas mesmas quem faziam as roupas.
Outra aprendizagem foi sobre a fotografia, antes em preto e branco e muito difícil de se fazer, além de serem reveladas.
Aula maravilhosa com mediação de leitura
Para saber mais e comprar o livro:
3 comentários:
A leitura sempre alguma coisa nos acrescenta. Oferece um peso à nossa bagagem... Gosto das atividades das crianças pós leitura! Lindo! bjs, chica
Ler nos remete a adentrar em vários mundos, é um estímulo para a criança, fazes muito bem incentivar a Alice.
Gostei do seu texto Paula.
Abraço!
Imaginando aqui a risada das crianças com as esquisitices dos adultos!
Admirando também o trabalho deles e o seu, cheio de carinho e ternura!
Estou estudando para o concurso público do magistério da minha região. A prova será em dezembro.
Enquanto isso, vou aprendendo e me sensibilizando aqui.
Obrigada!
Beijo.
Renata e Laura
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