terça-feira, 9 de agosto de 2016

De Tudo que a alma é






Sou dos mares 
a mais aconchegante sensação
A vida a desfiar-se em conchas
Pequenas pérolas 
Mar em agitação.
A brisa a soprar no rosto
Dos ventos a renovação
Que trás a mudança
Sementes a caírem no chão
E transformam-se em mudas 
Flores que brotam em perfeição.
Sou do tempo os minutos contados
Cada segundo roubado
Cada instante sagrado
Desde o canto do galo
Aos grilos no jardim a criquilar a noite toda
Numa melancolia que causa dó
Sou o mais pequeno raio de sol.
Sou do tempo a morna ânsia de deter
Esvaindo-se no horizonte ao dia nascer
E retornando em esperança esse tempo de guardar.
Sou a viva fé de nunca falhar.
Sou o silêncio que grita
E emudece o que fere, sobrando em lágrimas
Choro estampado que diz em versos tristes 
o quanto se poderia amar.
Silêncio e ais
Ambivalências que sente e retrai
Amor, saudade, dor e paixão
Sou solitário coração.
Memória que guarda resquícios de um beijo
Abraços intermináveis que curaram uma alma
Hoje longe de quem a ama leve e fugaz.
Depois de você
São lembranças de um amor remoto que nunca se esvai.

Paula Belmino

4 comentários:

Silvanio Alves disse...

Um ser pleno de sensibilidade e inspiração, poetisa!Lindo e magnifica poesia!

Renata disse...

Linda poesia e fotos! Beijo! Renata e Laura

Renata disse...

Linda poesia e fotos! Beijo! Renata e Laura

Toninho disse...

Belas imagens neste mar, que nos encanta.
Uma poesia plena de beleza que vem inspirada neste mar
que banha nossos pés e deixam versos soltos loucos para se tornarem poesia.
E voce os coloca no colo para serem ninados pela poesia.
Um abração com carinho.