quinta-feira, 29 de junho de 2017

Devoção


E amei-te, tanto, tanto
que o coração permaneceu imaturo
sufocado de um sentimento
que não o deixava respirar.

Amei-te ainda, quando nem eras
e no meu sonho, ainda informe
projetado entre as câmaras do céu
amei-te face imaculada,  ainda nu.

Amei-te com zelo
à ferro e fogo, pelas estradas da alma
amei-te sofregamente
como a estrangular o peito.

Amei-te em segredos
à luz da noite, no suor da pele
à fina flor, em lágrimas, amei-te
 no mais profundo do ser, o mais terno amor.

E quando enfim resolvi deixar  de amar-te
_Basta! É o fim!
Percebi  que o fim era o início,
nunca morreria o imenso amor dentro de mim.

Paula Belmino


Alice usa Dedeka

Um comentário:

chica disse...

Imenso esse amor que nunca morre!Ainda bem! LINDA! bjs, chica