quinta-feira, 20 de abril de 2017

Caiu na rede é... Poesia. Momento literário











Caiu na rede... não é peixe
É poesia que eu quero fazer
É pescar o mundo com as mãos
No livro voar ao ler
É ter o aconchego na rede
No balanço frenético do amor
Acalentando sonho,
nuvens, árvores, estrelas
tudo ali bem perto do coração.

Caiu na rede... é poesia
é ler aninhando 
no vai-vém de uma canção
na rima, no som, nos trocadilhos das palavras
 brincar ao ler com emoção
Vestir-se de poesia
o corpo todo na rede rendido
cheio de poesia que embala
que dá a infância o sentido

Ler na rede 
No chão
debaixo da árvore, 
sentado, deitado, pulando
de poesia em poesia
na rede pescando!

Paula Belmino


 Essa foi nossa aula ontem, um momento literário na rede embaixo das árvores do jardim da escola, fizemos um recital poético, onde as crianças liam em voz lata para os outros, de três em três, de dois em dois, depois liam todos, embalados na rede, no amor à poesia.
Aproveitei para inaugurar lá essa ação literária: Caiu na rede ... é poesia  aproveitando todo o contexto dos conteúdos trabalhados, no caso, a cultura indígena, levei alguns livros que falavam sobre índios como: Poeminhas da Terra de Márcia Leite , pela editora parceira Pulo do Gato
Cobra Norato de Eloí Bocheco
e Pitulú de Bê e Léo Maciel pela Aletria

As crianças depois puderam ler os livros da biblioteca que chegaram pelo projeto RoMaria de Livros e e se esbaldaram.

Vejam só:











Em comemoração ao dia do índio, falamos sobre a importância do povo indígena e a contribuição na língua, comida, artesanato. Li o poema Cadê o índio que tava aqui? De minha autoria, as crianças fizeram a reescrita do poema e surpreenderam na produção. Aliamos o conteúdo ao livro didático sobre a cultura indígena e o trabalho dia a dia, materiais e extrativismo. 
Aprendizagem significativa, lúdica e reflexiva.

Assistam:


4 comentários:

Eloí Bocheco disse...

É lindo ver como você está edificando uma memória literária nas mentes dos pequenos. Esta memória é fundamental e faz toda diferença. Ter um imaginário rico, poético ajuda muito as crianças a se defenderem das armadilhas da tecnologia, dos jogos insanos, das falas sociais que não são confiáveis, nem saudáveis. É de muiiiiiiita poesia que as crianças precisam, de muiiiitas histórias belas, de teatro, arte, enfim. Estas coisas têm que chegar antes das coisas maléficas. Você é uma educadora que semeia poesia, semeia literatura e isto é admirável e louvável. Meus aplausos! Minhas reverências! Poesia sempre. Poesia como prevenção, como nutrição, fruição e acolhimento. Bjs

Bolhinhas de Sabão para Maria disse...

Oi Paula.. um trabalho sempre de amor que marcará a vida desses pequenos... Se todos os professores levassem mais crianças pro quintal e vivessem a leitura.. a educação seria melhor..

Amei!!!

Beijos e bom feriado

Tê e Maria ♥

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Caiu na rede é Poesia, belíssimo projeto! Na Creche em que sou gestora, as professoras do nível IV estão trabalhando poesia, peço-te licença e autorização para levar essa ideia maravilhosa para minhas professoras. Vai enriquecer o trabalho delas e as crianças, com certeza vão adorar. Mais uma vez parabéns pelo blog, o qual é uma ferramenta onde transmite ensinamentos sobre a literatura e a vida. Já estou seguindo e vou colocá-lo em minha lista de blogs para estar atualizada com suas postagens. Beijos carinhosos!

w.brincandoecontando.com disse...

Lindo demais! Parabén! Suas poesias são belas!!!
Beijos