1,2,3 indiozinhos...
Na mata sozinhos
Viram a onça e correram
Na árvore subiram,
Lançaram uma flecha
E da onça fugiram.
1,2,3 indiozinhos...
No rio, valentes
Cantavam pra Tupã
E cada um com sua lança
Levaram um peixe só.
1,2,3 indiozinhos na mata ...
Plantavam sementes,
Colhiam frutas maduras,
Alimento somente,
E ervas para a dor.
1,2, 3 indiozinhos...
Dentro de suas ocas
Mandaram fumaça
Ao deus do amor
Para ele ser da floresta,
Sempre o protetor.
1,2,3 indiozinhos...
Com medo da gente branca
que novo modo de vida impõe.
Índios eram livres
e agora,
Para onde a tal liberdade foi?
1,2,3 indiozinhos...
Na mata sozinhos
Já não sabem lutar.
A floresta está escassa,
No rio peixes não há.
Da onça já nem sentem medo,
Onça já não se vê por lá!
1,2,3 indiozinhos...
Que tristeza que dá!
A cara pintada na luta,
O corpo coberto de roupas,
Do homem branco
A língua nova a falar.
A casa era de palha
tijolos e areia cimentou.
E agora não mais livres
Para 1,2,3 indiozinhos ...
O apito silenciou.
Onde estão os indiozinhos
Que no bote nadavam?
A onça os levou?
Bicho homem sem dó nem piedade
Sua terra, sua língua, sua cultura,
Tudo do índio mudou!
Paula Belmino
Na mata sozinhos
Viram a onça e correram
Na árvore subiram,
Lançaram uma flecha
E da onça fugiram.
1,2,3 indiozinhos...
No rio, valentes
Cantavam pra Tupã
E cada um com sua lança
Levaram um peixe só.
1,2,3 indiozinhos na mata ...
Plantavam sementes,
Colhiam frutas maduras,
Alimento somente,
E ervas para a dor.
1,2, 3 indiozinhos...
Dentro de suas ocas
Mandaram fumaça
Ao deus do amor
Para ele ser da floresta,
Sempre o protetor.
1,2,3 indiozinhos...
Com medo da gente branca
que novo modo de vida impõe.
Índios eram livres
e agora,
Para onde a tal liberdade foi?
1,2,3 indiozinhos...
Na mata sozinhos
Já não sabem lutar.
A floresta está escassa,
No rio peixes não há.
Da onça já nem sentem medo,
Onça já não se vê por lá!
1,2,3 indiozinhos...
Que tristeza que dá!
A cara pintada na luta,
O corpo coberto de roupas,
Do homem branco
A língua nova a falar.
A casa era de palha
tijolos e areia cimentou.
E agora não mais livres
Para 1,2,3 indiozinhos ...
O apito silenciou.
Onde estão os indiozinhos
Que no bote nadavam?
A onça os levou?
Bicho homem sem dó nem piedade
Sua terra, sua língua, sua cultura,
Tudo do índio mudou!
Paula Belmino
E para trabalhar com as crianças toda importância da cultura indígena para nossa sociedade deixo a dica do livro Poeminhas da Terra de Márcia Leite pela editora parceira Pulo do Gato Editora
O livro com ilustrações em traços delicados e cheios de natureza em perfeita harmonia homem e animais traz versos curtos ricos em palavras da origem Tupi, fazendo a gente refletir sobre a causa do índio em sua luta pela terra, pela natureza, pela própria sobrevivência.
Para as crianças uma maravilhosa maneira de falar sobre essa arte ancestral, sobre o descobrimento das palavras e de como nosso país foi tomado, deixando os índios à deriva
De maneira simples a escritora brinca com a cultura e a arte indígena levando ao prazer pela leitura e pela conscientização do meio ambiente e do respeito aos indígenas, além de ser um livro muito bom para alfabetização, não deixando de lado que mesmo o leitor bem fluente tem muito a aprender com o lúdico e a singeleza que este livro traz e o grande poder de reflexão nas entrelinhas.
Vai pra escola comigo e com outros livros que falam sobre a cultura indígena e as crianças vão amar com certeza!!!!
4 comentários:
Linda homenagem ao dia deles.Linda indiazinha! bjs, chica
A Laura amou este livro! Beijo. Renata e Laura
Excelente, amei a versão do 1 2 3 indiozinho.
Muito criativa
Lúdica
Reflexiva
Parabéns!
Que belíssimo e triste poema Paula.. mas infelizmente a realidade dos nossos indios atualmente... Como diz Baby Consuelo, todo dia era dia de indio, mas agora ele só tem o dia 19 de abril..
E concordo, é preciso mais do que pintar a cara, mostrar a realidade e contar a história dos indios brasileiros..
Parabéns pela homenagem
Beijos
Tê e Maria ♥
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