Conto os sonhos, conto tudo,
desde a hora do sol nascer
ao último segundo do sol se pôr.
Conto avelocidade do vento
trazendo uma folha na calçada,
E a quantidade de chuva pra fazer germinar a flor.
Quanto tempo precisa para nascer
No homem o espírito de cuidar bem do planeta?
Conto a altura do som do canto do galo
a me acordar
e o som dos pássaros que me fazem dormir.
Quantos são?
Quem canta primeiro?
E quem canta por último?
Gosto de contar o que sinto...
Quanto amor cabe num abraço?
O que ganho ao distribuir generosidade?
Quantos amigos num sorriso cabem?
Conto as borboletas e os bichinhos do chão,
Conto as estrelas, e as voltas de um avião.
Conto os dias e as noites para aprender
E guardo sem perca de tempo, os afetos.
Amizade eu multiplico,
Com amigos, os problemas subtraem-se.
Para viver bem a vida,
Divido valores
E o amor infinito
nas suas múltiplas
formas.
Paula Belmino
Hoje é o Dia Nacional da Matemática depois de um Decreto de Lei em 2013, sendo a escolha da data uma homenagem ao matemático, escritor e educador brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba Tahan.
Matemática é uma ciência exata que por muito tempo foi bicho de sete cabeças e ainda amedronta muita gente, pois em épocas remotas na escola se aprendia de forma tradicional sem nenhum material concreto ou com aulas lúdicas, mas na base da decoreba o contar e a tabuada, entre outros conceitos matemáticos todos ensinados de forma rudimentar, onde o aluno só podia dar a resposta ou aprender da forma que o professor ensinasse.
Hoje a metologia e a didática para o ensino da matemática é criativa e incentiva os alunos a perceber que a matemática faz parte da nossa vida em tudo que vamos fazer e que pensando, brincando, criando, comparado, aprendemos o uso dos números para a vida em fórmulas e situações problemas de trato real e dinâmico, assim como procedimentos para usar as operações e resolver cálculos.
Hoje trago uma dica de livro que recebemos da Editora Paulinas que dá para trabalhar matemática dentro da literatura, com poesia e leitura pois é impossível compreender de forma autônoma uma situação problema se a criança não souber ler ou interpretar.
A dica é:
A menina que contava de Fábio Monteiro com ilustrações de André Neves.
Alga nasceu diferente das outras crianças...
Onde olhava via números, desde pequenininha qualquer coisa
era motivo pra contar, numerar, quantificar, classificar.
Sua mãe lhe deu um casaco e ela passava horas contando os
botões de cima para baixo na ordem crescente e decrescente, ficava ordenando os
botões em suas casas.
Alga contava desde os seus brinquedos, contava estrelas,
e imaginava quantos anos-luz levava para ir até elas, era uma menina que
adorava cálculos astronômicos, sem ao menos entender o quanto a matemática e a
física era presente em sua vida.
Alga contava os brinquedos, o tempo, da volta que dava de
bicicleta, e imaginava de quanto tempo era preciso, em minutos e horas para se
chegar ao fim do mundo?Ela inventava maneiras de calcular usando objetos e
respondia à sua maneira todos os cálculos.
Alga na escola adorava os desafios e era a número 1 em
questões de raciocínio lógico, compreendia as propriedades e as operações,
ganhava em dobro se divertindo com os números.
Alga contava tudo nuvens, sonhos, letras, amigos, e multiplicava
esses últimos e só perdia nas competições, pois abria mão de ser a melhor para
ter os amigos sempre perto, ajudando, afinal amizade é incalculável.
Um dia Alga sofreu um acidente, o tempo para ser
socorrida parecia que não chegava, e Alga ali pensava em número de ossos de seu
corpo, qual deles havia fraturado na sua dor pensar nos números fazia Alga
aguentar o socorro chegar.
Já recuperada precisou contar todo acontecido aos amigos,
ponto por ponto, nos mínimos detalhes.
Alga contava, recontava e sua vida seguiu assim tendo a
matemática e os números como seus melhores amigos.
O fim da história é surpreendente e não posso contar
aqui, mas vale uma nota alta, um valor incontável o fim, ou melhor, o recomeço
da história de Alga.
Um livro lindo que com certeza estará presente sempre nas minhas aulas e no ensino da matemática de forma lúdica e sem pressão para as crianças aprender criando, lendo, pensando, fazendo estimativas, tocando, com uso dos livros de literatura aliando ao conhecimento formal e científico, sempre ajusto às aulas o uso da poesia e da ludicidade para as crianças aprender desde as operações às formas geométricas, e o uso de material concreto que desafiem as crianças a aprender conceitos e procedimentos no uso da matemática para a vida.
7 comentários:
Paula que postagem linda. Muito obrigado por essa carinhosa recepção a minha obra. Feliz demais em encontrar pessoas tão especiais na minha trajetória. Espero puder encontrá -la para compartilhar os juntos boas histórias. Um grande abraço nas suas crianças, tenho certeza que elas entendem que é um privilégio ter você por perto.
Não sabia do dia da matemática, gostei da homenagem! Feliz Semana!! Beijo. Renata e Laura
Muito lindo e não sabia que era esse dia hoje.Parabéns ao autor.LINDO! E Alice está uma mocinha já! CREDO!!! bjs, chica
Uma dica super maravilhosa e inovadora, pois chega de levar para a sala de aula a matemática sem sentido e fora do contexto da criançada. Aliar matemática à literatura e ao lúdico vai tornar mais significativo e relevante, com nova roupagem o ensino dos números e todo conjunto de conteúdo relacionado a eles. Parabéns a você que está sempre buscando para inovar a educação e a Fábio Monteiro por essa obra magnífica.
Beijos afetuosos!
Bom dia!
Muito bem, mesmo assim a matemática já não é o que era.
Especial:- Nesta dança, onde o amor é a consagração. [ POETIZANDO...]
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Beijo e uma excelente semana.
Olá. Mais uma publicação maravilhosa. A interligação poema/prosa, crianças é de uma ternura fascinante. Gostei demais.
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* Não posso calar o coração *
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Cumprimentos Poéticos
Quero muito esse livro a menina Que contava ainda não achei aquirba minha região.
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