Quando é inverno no sertão
os sapos fazem reunião,
tocam tambores,
cantam e celebram a chuva
e com suas cantigas antigas,
trazem alegria e vida.
É quase uma canção de ninar,
ouvir sapo cantar
quando a chuva chega ao sertão
para a esperança plantar.
As sementes adormecidas
na terra
ressequida
logo, como sapos serão:
a saltitar pela terra
esverdeando o sertão
Paula Belmino
Eu jamais faria um poema sobre sapos, pois minha fobia é imensa, mas a poesia tem esse dom de libertar, de fazer a gente aprender a amar e se sentir bem entre a natureza.
Aprendi com Manoel de Barros a ver os sapos e bichinhos do chão como seres de paz, que trazem vida e afeição e a poesia alada para a alma.
Alice está se dedicando a desenhar e fez este sapo para mim, pois sabe de meu medo, e para não desprezar a arte e incentivá-la criei o poema acima, e não é que trouxe chuva para o dia de hoje aqui no sertão? Ela anda a buscar inspiração nos livros , fazendo suas releituras e eu amei este desenho coloridíssimo com as cores vibrantes das canetinhas e lápis de cor da CiS
Deixo uma canção de Manoel de Barros cantada e tocada por Alice, onde rãs benzem, e enchem o menino de luz, de chuva, de natureza e poesia
4 comentários:
Linda cantiga ,desenhos e poesia! beijos, ótimo fds! chica
Parabéns pela linda postagem!
As suas postagem são de Louvar!! Amei
Especial:- Quero a rosa, e teu afago no meu coração. { Poetizando e Encantando}
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Beijo e um excelente fim de semana.
É muito engraçado Paula quando você fala da fobia por sapos e fazer uma linda poesia para eles.Realmente a poesia faz coisas que nem imaginamos. Poesia é mesmo este estar sem estar ou ser sem ser, mas saber esta e ser.
Muito linda Paula e a Alice cada vez mais aprimorada na arte de tocar e cantar.
Uma bela postagem amiga.
Meu terno abraço de paz e luz.
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