terça-feira, 18 de abril de 2017

Dandi e a árvore palavreira (dica de Livro)



Dandi era um menino diferente, apaixonado pelas palavras, de uma família de 5 irmãos, todos viviam no sítio  Sol da noite, criados ao lado dos pais , tia Tonha e Vô  Chico



Seu avô Chico lhe contava muitas histórias, encantadas, lendas trazidas pelos seus antepassados, índios, negros, raça misturada, e Dandi ficava ali ao lado do avô com os olhos brilando a querer saber tudo, que significava cada palavra.


Dandi era o menor dos irmãos, a raspa do tacho como dizia sua mãe, além dele tinha Janaina, e Jussara, nenhum deles no entanto iam á escola, pois escola era pra quem podia pagar, e era na cidade, os pais não tinham condição de mandá-los todos estudar então nenhum ia, ficavam ali tendo aulas com a tia Tonha , que se formara em professora deixara a cidade e voltou a viver no sítio. Quando tia Tonha estava livre das panelas a fazer compotas e doces de frutas e a cuidar da casa, dava aulas ali mesmo na cozinha aos sobrinhos.


Dandi era o que mais desejava estudar, conhecer uma escola, e embora a lida , o carrear água, o plantar, o cuidar de animais fosse bom aprender com os pais, ele sonhava ir além



Depois de tanto sonhar com as histórias de seu avô Chico, os pais resolveram mandar Dandi para cidade ,afinal viam no menino um talento especial para a poesia, para as palavras, para o estudo.
Antes de deixar o sítio seu avô lhe levou num lugar no meio da mata que tinha uma árvore que dava frutas palavras, e ali contou a história daquela árvore milagrosa que na verdade era um índio que se apaixonara no passado por uma moça branca, mas como o pai da moça era severo não puderam namorar , mandou atear fogo na aldeia, graças ao aviso do pajé o jovem índio se salvara, mas a jovem achando que o índio morrera queimado acabou também morrendo de amor. O pai enterrou sua filha junto com as cartas que ela recebia do índio, e passando um tempo o índio vinha chorar na sua cova, nascendo em seu lugar uma árvore que dava palavras.





Vivenciamos a história num sítio aqui da cidade rodeado de natureza e perto de uma casa amarela como no conto: Dandi e  a árvore palavreira de Ana Cristina de Melo com ilustrações de patrícia Lima que recebemos da Editora Bambolê , e as crianças Alice, Anayara, Matheus e sua família fizeram parte desse momento lindo que dou aqui o nome de "Bemdita Poesia" no sentido amplo da palavra, uma ação que agora nosso blog fará que é levar a boa poesia , o vestir-se  ao ler e a sentir a história com participação em reescrever, em atuar, em ler em meio à natureza, ou mesmo na simplicidade do lar um verso Bem dito, uma poesia sentida, falada, amada, vestindo a alma.
Além das crianças os adultos por trás das câmeras, tios, tia, mãe de nossa amiga Vitória Lópes dona do sítio vivenciaram essa poesia cheia de alento e encanto como deve ser nesses dias cheios de coisas tristes!

As crianças puderam escrever as palavras que as transforma, o que de bom aprendem com os pais e avós assim como Dandi, brincaram, encenaram e viveram a linda história desse livro, que transformou a de Dandi na ficção, mas que é bem real em tantos lugares do Brasil e do mundo.






Assistam um pedacinho e aproveitem para se inscrever no nosso canal no Youtube:

5 comentários:

Silvanio Alves disse...

A LEITURA É PURA MAGIA TRANSFORMADORA, POETISA! LINDO MOMENTO!

chica disse...

Que amor de livro esse e o post ficou DEZ! Hoje data bem especial pra quem dos livros gosta,né? bjs, chica

Patrícia Melo disse...

Emocionada aqui... seu trabalho é lindo! Obrigada por tudo minha amiga!

Zezinha Lins disse...

Parabéns pelos maravilhosos projetos, minha querida! Beijos!

www.maesemfronteiras.com.br disse...

Paula, que livro encantador.
Que gostoso ler e poder viver um pouquinho da história, encenando com a família.

Essa história me fez lembrar a época difícil da infância da minha mãe.
Minha mãe e seus irmãos e irmãs eram numerosos, moravam na roça e ajudam meus avôs no trabalho do campo, e não tinha como estudar...

Mas acho tão lindo esse jeito de viver e crescer em meio a natureza, ouvindo histórias contadas pelos avôs, tios... É um jeito simples de crescer e viver, mas que acho muito singelo e tem seu valor.

Ameiiiii a história.

A história de amor do índio e a moça branca é bonita e triste ao mesmo tempo, mas que deixa também um conto muito lindo de se contar...

Bjs
Ju