Saci Pererê vive na mata,
É cheio de artimanha.
Fuma cachimbo, tem uma perna só,
É fazedor de façanhas.
Moleque travesso
Usa um gorro vermelho.
Ao fazer setenta e sete anos
Transforma-se em venenoso cogumelo.
Saci Pererê é conhecido
Por incomodar os cavalos
Fazer nó em suas crinas,
E depois, amarrar-lhes os rabos.
Quando se aproxima de casa
Vem pulando num pé só,
Ou dentro de um rodamoinho
Para esconder os óculos da vovó.
Assovia estridente
Assombrando quem cozinha
Queima as panelas no fogo
E choca os ovos da galinha.
Saci Pererê é traquina
Não gosta de caçadores,
Faz se perderem os viajantes
E na floresta causa-lhes horrores.
Para prender o saci
E acabar com a brincadeira
É preciso tirar-lhe o gorro,
Ter garrafa, rolha com cruz e peneira.
Passar a peneira
Por baixo do redemoinho
Fechá-lo na garrafa com a rolha
E por fumo no caminho.
Pelo fumo espanta-se o saci
Na garrafa prende-se apenas um
Mas existem muitos outros soltos
E você já viu algum?
Paula Belmino
A Aluna Alana da Escola Municipal Edmo Pinheiro em Parnamirim-RN recita o poema:
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