quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O rei descalço





Toda criança tem direito à imaginação
à fantasia através do sonho
 a expressar seus sentimentos
a brincar.

Toda criança tem direito a morar num livro
e fazer dele o seu castelo
ser rei, rainha
príncipe ou princesa
ser a fada ou a bruxinha.

Toda criança tem direito a viver num livro
 rir de uma piada
se comover num poema
ou se encontrar num conto de fadas.
Ler, escrever
 guardar textos afetivos na memória.

Toda criança tem direito de sonhar
de transformar-se pela leitura
de reinventar-se pelos livros
e mudar sua própria história.


Paula Belmino




Aconteceu na escola mais leiturinha maravilha com direito à fantasia de reis e rainhas.
As crianças leram O rei descalço de Pablo Morenno pela Editora Physalis
Depois de ler teve interpretação de texto, e as crianças confeccionaram suas coroas dando ênfase a unidade de medida, as crianças fizeram a medida da coroa usando régua e assim fazendo a operação da adição. Para descobrir o diâmetro da cabeça de cada um faziam operação de adição ou subtração.
Além de trabalhar medidas, as crianças puderam ver a geometria no trabalho com linhas retas na confecção das coroas, nas formas, no recorte.




E antes dessa montar pudemos ver nas formas da coroa: os dentes do jacaré, a ponta da lança dos soldados, as grades do portão, as torres etc.. .e perceberam assim a geometria no espaço e no livro.

O livro: O rei descalço conta a história de um menino que ia tomar posse no trono, mas no dia da coroação arranjou um bicho de pé e não podia calçar sapato. Para evitar a vergonha de os seus súditos o verem descalço , o bispo o coroa no quarto. Rei João ainda criança não tinha infância, tinha muitas ocupações para reinar, e de cama como ia ordenar?
Surge na história alguns personagens do reino animal para ajudar o menino rei, mas todos sem solução.
Até que chega às portas do castelo um menino que tem o segredo da cura para aquele mal, o rei vai com ele para alguns dias fora do reinado e tudo acaba extraordinariamente bem, com um final surpreendente.
Um livro para criançada ler, imaginar, brincar, refletir sobre o tempo de brincar e o cuidado com o meio ambiente.
As crianças leram aos trios, ás duplas, ouviram, brincaram,ilustraram, fizeram a interpretação escrita e entraram na fantasia desse rei descalço.




A lição de casa ficou para cada um recontar a história para seus familiares. Um Incentivo à leitura com objetivo de aproximar a família da escola.

Para conhecer e comprar o livro:




quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Adelaide , a canguru voadora



Adelaide é uma canguru diferente, ela nasceu com asas. Essa é a personagem principal do livor de Tomi Ungerer com tradução de Ronaldo Simões Coelho pela Aletria editora acaba de ser lançado e já voou aqui pro RN encantando a Alice e os primos Amós e Hadassa que é apaixonada por cangurus.
Na escola o livro fez a criançada se esbaldar de alegria, brincaram de conhecer algumas curiosidades da França, já que na história Adelaide vai voar para lá e conhecer museus e monumentos, a torre Eiffel por exemplo e a catedral de Notre-Dame em Paris.



Iniciei a aula querendo saber deles o que já conheciam sobre os cangurus, classe, alimentação, uma vez que já estudamos os animais, mesmo assim sempre estamos rememorando e aprendendo juntos.
Depois sobre a França como se fala, algumas saudações por exemplo.
O aluno Paulo logo disse que se diz Merci em francês para se dizer obrigado.
Daí fomos falar sobre o autor consagrado um dos mais influentes do mundo na literatura infantil e premiado pelo prêmio Hans Cristian Andersen, um dos maiores prêmios da literatura infantil.
 Li uma vez o texto, fizemos a roda de conversa sobre a personagem principal, suas características, os valores da família dela, o amor, o quanto é importante a gente estar em família. Uma roda de conversa que visa por meio da literatura a aproximação de pais e responsáveis, de ser cada vez mais unido, de amar os amigos e respeitar suas diferenças, aceitação e inclusão.
Depois da primeira leitura chamo as crianças para ler a três, em duplas, quartetos, por agrupamentos produtivos para que lendo em voz alta ajustem a pauta sonora, tirem dúvidas sobre fonemas e grafemas, para ler sem medo de errar e se apoiar nos outros para uma leitura fluente.
Enquanto isso os demais vão recontando suas histórias transformando em histórias em quadrinhos, onde estimulo o uso das características como os diálogos, ainda não o fazem por completo, mas conhecem o gênero, suas características e importância.
Minha sala de aula parece um circuito literário: Uns leem, outros desenham, outros que terminam primeiro podem ajudar os colegar, montar os jogos, ler de novo, até todos estarem prontos, e a gente recontar e avaliar o que estudou naquele dia.

As crianças recriaram assim suas histórias





Adelaide, a canguru voadora


Adelaide nasceu diferente de todos de sua família, tinha asas, erra apaixonada por tudo que voava e sonhava conhecer o mundo. 
Quando cresceu se despediu de seus pais e acompanhou um avião que passava, o piloto se admirou. Adelaide logo fez amizade e quando cansava deitava-se sob a asa do avião.



Com seu amigo Piloto ela conheceu muitos lugares do mundo. Foi até a Índia, conheceu um rico marajá


Depois seguiu viagem até à França, lá resolveu aterrizar e conhecer museus, monumentos, os lugares mais interessantes


Adelaide não sabia das regras da sociedade, que precisava de dinheiro para por exemplo pagar um táxi e quando foi cobrada ficou bem envergonhada. Nessa ocasião conheceu o Monseur Marius, um homem muito gentil com quem logo fez amizade. Monseur Marius lhe mostrou pontos históricos de Paris como a torre Eiffel, a Catedral de Notre-Dame, entre outros lugares e passeios divertidos.





Adelaide na França se tornou artista, e uma salvadora de crianças


Adelaide era feliz, realizava seus desejos, mas algo lhe faltava ,ela queria conhecer um canguru como ela.


E assim Adelaide percebeu que as asas lhe foram úteis para realizar seus sonhos.
Um lindo livro que não vou dar spoiler para contar o final pra não tirar a graça da história, mas que garanto foi ricamente aproveitado pelas crianças.

Além de todas as atividades contextualizando as disciplinas as crianças usaram o Tangram, um jogo de origem japonesa, para montar as personagens e cenário da história usando as formas geométricas





Assistam a interação das crianças com a história:


Para saber mais sobre o autor Tomi Ungerer que ontem fez 86 anos e comprar o livor com desconto especial de lançamento aproveitem e visitem o site da Aletria






Sobre o autor:



Jean-Thomas Ungerer, mais conhecido como Tomi, nasce na cidade francesa de Estrasburgo, região da Alsácia, no dia 28 de Novembro. Filho de Alice e Theodore, Tomi tinha três irmãos: Bernard, Edith e Vivette.
Com uma infindável lista de prêmios, dentre eles o Hans Christian Andersen, maior premiação da literatura infantil mundial, Tomi Ungerer tem nada mais nada menos que um museu fundado pelo governo francês em sua homenagem, o Tomi Ungerer Museum. Seu museu, localizado em Strasbourg, foi escolhido pelo conselho de Arquitetura da Europa como um dos “Top 10” museus europeus. Tamanha é a importância do autor e ilustrador, que o Tomi Ungerer Museum foi o primeiro museu público na história da França a homenagear uma personalidade ainda viva. 

Confira toda matéria no blog da Aletria

terça-feira, 28 de novembro de 2017

O menino e o rio




O corpo do rio prateia
quando a lua se abre

Passarinhos do mato gostam
de mim e de goiaba

Uma rã me benzeu
com as mãos na água

Com os fios de orvalho
aranhas tecem a madrugada

Era o menino e os bichinhos
Era o menino e o sol
O menino e o rio
Era o menino e as árvores

Cresci brincando no chão
entre formigas

Meu quintal é maior
do que o mundo

Por dentro da nossa casa
passava um rio inventado

Tudo que não invento
é falso

Era o menino e os bichinhos
Era o menino e o sol
O menino e o rio
Era o menino e as árvores.


Manoel de Barros 
(em Poesia Completa, 2010) 






Fotografias de um momento lindo que vivemos em Goiás no Rio Claro que forma as Cataratas de Itaguaçu. Passamos um dia por lá apreciando a natureza plena com nosso irmão, o tio da Alice Tiago Belmino.
Muita saudade!!

Agora ouçam a  Alice e sua performance na voz e violão cantando essa poesia musicada pelo Crianceiras que ela tanto ama!
Agora as imagens explicam o porquê!

Se inscrevam no nosso canal no youtube, compartilhem aos amigos!


sábado, 25 de novembro de 2017

Casulo


Casulo

Sonho acordada
o tempo  quase imóvel,
nessa lembrança viva
feito chama a arder.
O amor em mim cicatriz
numa lágrima  diz
ainda se pode ser livre, e voar
na nostalgia de um beijo ao luar.

O tempo quase invisível,
transporta minha alma
leve feito libélula
na tua mão a pousar.
Enclausurada nessa lembrança
de me ver em teu olhar
me deixar feito flor
no teu colo desabrochar.

Uma libélula livre,
minha alma a sonhar.
a flor de teu amor
encontrar.

Me desperta a lágrima
e a cortina do tempo se desfaz
 resta só o devaneio
apenas minha alma a voar.
Na saudade.
busca tua boca, teus olhos
teu coração:
o casulo
onde minha alma quer descansar.


Paula Belmino

*Foto da Alice na fotografia de Laudiane Lira



Aproveito para deixar essa minha inspiração no desafio
Poetizando e Encantando no blog Filosofando na Vida que tem como objetivo usar a criatividade, unir os blogs, brincar e se inspirar





No meio das pedras nasceu uma flor onde uma borboleta vem pousar.

 A imagem da semana desafia buscar entre as pedras e flores versos, uma imagem fala de borboleta, de flor, a pedra dos obstáculos que eu no poema acima, indico como simbolo a saudade, a pedra como o tempo, a distância, o destino, e a borboleta substituída pela leve libélula, e no casulo onde se formam borboletas, ou almas em flor no amor, que livre por si só,nunca pode ser destruído, nem mesmo o tempo pode apagar, quando verdadeiro.


Participe também

http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/2017/11/11-poetizando-e-encantando.html

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Frederica a Galinha do Pé Azul




Frederica nasceu com um pé azul e outro amarelo
diferente das outras galinhas de sua espécie
ela até gosta de seu pé azul
o que dói é sempre olharem pra ele atravessado
o que incomoda é como estão sempre apontando por chão
seu pé azul que causa distração.


Ela tem mais dois irmãos
Joia uma galinha vaidosa
e Heráclito um galo brigão
Eles também são diferentes
por que não?
Cada um tem suas particularidades
é importante a aceitação.
Joia e Heráclito logo arrumam um jeito de ajudar Frederica
pintar os pés dela de amarelo ouro
a pobrezinha de pé pro ar, se cansa
que confusão!
Não deu certo não!


A avó faz chás de girassol
coloca Frederica de molho no chá
o pé enruga 
mas todo azul vai continuar.


Levam então Frederica a uma especialista
recomendações, conselho
simpatia ecológica:
suas penas numa bananeira  enfiar
cortam as penas da pobrezinha e 
esperam o cacho de banana amadurecer
de amarelo só as bananas
o pé de Frederica sempre ali a azular.


 Até que um dia na escola chega uma professora
alguém que logo reconhece em Frederica sua condição especial
seu jeito singular
e com arte apresenta as cores primárias
que bom é ter cor por todo lugar!
E muda-se toda situação:
Frederica aprende a não mais se importar
os amigos a enxergam além de sua diferença
e Frederica aprendem a respeitar,
pois todos somos diferentes
é bom viver a diversidade
o modo de se expressar.
Não faz diferença o nosso modo de ser,
diferença existe pra nos completar.


Paula Belmino

Poema inspirado no livor de Maria Cininha: Frederica a galinha do pé azul pela editora Cosmos.
As crianças leram, releram, criaram seus fantoches com recorte e colagem, recriaram a história usando um teatro de fantoches e trabalhamos sobre aceitação, diversidade, respeito e muito mais.

Vejam mais:


Reescrita:



                                                                  Confecção dos fantoches




Assistam a apresentação





Saiba mais sobre a artista Maria Cininha essa amiga linda que pudemos abraçar



Maria Cininha é arte educadora e bacharel em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde desenvolveu pesquisa sobre criatividade e envelhecimento. Nasceu e vive na cidade de São Paulo. desenvolve trabalhos em recorte e colagem. Como a criação de personagens, entre eles, As Marias, figuras femininas, lúdicas que, com suas formas inusitadas, falam do cotidiano e do meio ambiente. Foi através das Marias que a escrita chegou à sua vida. Entrelaça delicadamente a imagem e o texto, de maneira que a união entre eles provoque no leitor a possibilidade de construir outras histórias.

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