Um livro que inspira a curiosidade, esse é o: Cadê a escola que estava aqui? De Cesar Cardoso com ilustrações de Lúcia Brandão pela Editora Biruta nossa parceira aqui no blog.
Uma história contada em versos que falam de uma escola que sumiu de um dia para o outro.
Os personagens? Uma menina e um menino, esse último vai pra escola quando de repente ela não está mais lá, e começa a aventura, procura em meio ao nevoeiro, passa por tempestades, e já só o menino andando sente fome, come o lanche quando encontra uma menina, também perdida a procurar pela escola. Os dois seguem caminho, subindo morro, atravessando riacho, quase de cabeça pra baixo, buscando por todo lugar.
Aquela bela escola onde estará?
Iniciamos a sequencia didática sobre diversidade, e nada melhor que a escola para tratarmos sobre diferenças, respeito, combate ao bullying, que acontece principalmente nos corredores da escola.
Recebemos o livro da Editora Biruta no momento certo e nos serviu de muita alegria, as crianças adoraram viajar com o menino pela imaginação em busca da escola, e depois de ouvir e aprender a história as crianças produziram suas releituras, primeiro usando a escrita em versos, ou não.
E depois de escrever e lermos para a turma alguns dos textos reescritos por eles, as crianças puderam fazer a animação da história em 3 D usando cartolina e papel, desenhando eles mesmos, o cenário e os personagens para em casa recontar a história para os familiares.
E aliado sempre ao livro didático fizemos roda de conversa sobre inclusão, respeito ás diferenças, e durante essa semana fomos lendo sempre e interpretando, trabalhando a ortografia dentro do texto, com correções individuais, ou coletivas e um colega sempre ajudando o outro, como deve ser saber ser parceiro e solidário, usando ditados, cruzadinhas , e listas sobre como deve ser a escola de nosso sonho.
Os textos das crianças sobre a nossa escola me surpreenderam pois todas falam que amam ler, e que adoram a aula porque leio muito, e eles escrevem. Então nessa escola estou indo bem não é?
Assistam só a interação das crianças e se inscrevam no nosso canal
O que fazer quando a gente se sente perdida num lugar estranho?
Ser diferente a ponto de se sentir estranha?
Ser único num lugar onde tudo parece ser igual
Não achar pouso, e nem se sentir em casa? A história que trago como dica literária hoje fala nas entrelinhas sobre a busca constante para se reencontrar e aprender a conviver consigo mesmo e com as pessoas ao redor para se completar na amizade, sabendo respeitar a todos na sua singularidade, na sua diversidade, e compreendendo que na
multiplicidade de afetos, gostos diversos, somos completos, seres incompletos
que somos.
Aprendendo na diversidade, que para Deus somos iguais, mas somos únicos e
multifacetados e é justamente nesse colorido da vida que está a beleza de o ser e saber viver.
Foi com essa roda de conversa que iniciamos nossa aula sobre diversidade,
inspirada no livro Eloísa e os bichos de Jairo Buitrago com belas ilustrações
de Rafael Yockteng pela Editora Pulo do Gato .
O livro Eloísa e os
bichos foi traduzido por Márcia Leite e narra a história de uma menina que
acabou de se mudar com o pai para uma cidade nova. Eloísa se sente um bicho
estranho, e vive triste a lembrar de sua vida passada. Na escola ela demora a
se adaptar, até que com o tempo vai aprendendo a conviver com os demais.
O texto curto e lírico, traz grandes reflexões sobre convivência, respeito à
diversidade, bullying, a questão das relações humanas e a ter empatia. O texto casa com as belas ilustrações e nos faz pensar na pluralidade, no deslocamento das pessoas, temas que devem sempre ser abordados em sala de aula com as crianças.
Aliado ao livro didático, as crianças puderam ler, expressar suas ideias sobre respeito às diferenças e falar por exemplo sobre a questão dos refugiados, ou até mesmo de sua própria realidade quando os pais deixam o lar, a cidade pequena em busca de uma vida melhor na cidade grande.
Depois de ler, refletir, as crianças fizeram interpretação oral, e ilustrações, e uma lista dos animais que aparecem no livro, explicando como são as características dos seres invertebrados.
Aula contextualizada, com ênfase na cidadania, diversidade, amor e amizade,
usando a interdisciplinaridade para aprender de forma lúdica, sempre partindo
de um boa leitura literária.
Bernardo "lê" o livro de Eloí Bocheco: Tá pronto seu logo e outros poemas!
O menininho Bernardo é meu sobrinho neto e veio passar uns dias conosco e para esse ensaio usa pijama Dedeka
A Dedeka é uma marca que se preocupa com a infância feliz , desenvolvendo produtos com seriedade, que além de muita qualidade, se preocupa com o meio ambiente, produzindo peças com algodão orgânico, com tintas à base d'água e não tóxicas, cuidando desde a hora da fabricação até seu destino final,pois tem estação de tratamento de água, e destina corretamente todos os resíduos. Outra prática de preocupação da empresa é incentivar práticas de solidariedade, incentivando a doação das peças quando não servirem mais, em suas Tags e etiquetas, evitando assim o consumo desenfreado, e estimulando a generosidade.
Além disso, os pijamas são quentinhos, não agridem a pele, e sua composição quase 100% algodão garantem durabilidade, e na hora da lavagem não desbotam, não deformam, e vale a pena estar seguro de que além de comprar, a empresa reverte parte da venda para organizações não governamentais como é o caso da Associação Criança Feliz
O inverno chegou, mas na nossa escola é sempre primavera
com muita leitura, cor, brincadeira, releitura, pintura, ludicidade.
Por aqui chegou um lindo presente: O livro Romeu e Julieta de Ruth Rocha pela Editora Salamandra, que o grupo Semear livros nos mandou para levar pra escola, mas claro Alice leu, precisou tirar uma casquinha e toda a magia dessa linda história, que se passa num reino onde os jardins eram separados por canteiros, organizados por cor, cada cor só abrigavam flores e borboletas da mesma cor, e nenhuma podia visitar os caneiros diferentes.
Os personagens principais duas borboletinhas engraçadas: Romeu do canteiro azul e Julieta toda amarelinha.
O sonho de Julieta era sair voando por ali, mas a mãe dizia loo que era perigoso,
Romeu vivia fazendo acrobacias, sabia voar como nenhum outro inseto de asas, mas também só voava no próprio limite, o canteiro azul.
Certo dia o amigo ventinho convidou ás escondidas Romeu para ir conhecer Julieta e juntos foram dar uma volta na floresta e ai começa a descoberta, a aventura, o observar coisas estranhas para eles, abertos apenas para o próprio mundinho.
Uma historia linda que as crianças na escola ficaram encantadas e propus logo uma sequencia didática com leitura, releitura por eles, lendo uns para os outros, em voz alta, fazendo a voz dos personagens.
Teve interpretação oral e escrita, a roda de conversa sobre desobedecer aos pais e sair sem avisar, dar atenção a estranhos, a importância de saber se localizar, e saber seu endereço enfim, boas reflexões sobre segurança, e também sobre os cuidados que devemos ter com o meio ambiente para que as borboletas possam viver e produzir frutos, uma vez que são responsáveis pela polinização, além de amizade, diversidade, respeito etc...
As crianças desenharam
E também fizeram seus fantoches de dedo, usando papel e trabalhando o conceito matemático de simetria na prática, pois as crianças fizeram a dobradura e depois precisaram fazer os dois lados iguais para simbolizar os personagens unidos
E ainda teve a roda com intuito de incentivar a oralidade e a expressividade das crianças dando cada uma sentido á história com sequencia lógica e enriquecendo assim o vocabulário, aprendendo mais sobre flores que eles nunca viram como o miosótis que aparece no texto.
Ainda depois disso teremos mais atividades como texto fatiado para colocar a sequencia, reescrita do texto da maneira como compreenderam, caça-palavras, cruzadinha, e encenação, escrita das cantigas de roda que aparecem no texto.
Aula leve, lúdica, interativa e com real aprendizagem!!
a dona coruja esperta usou verde, amarelo e vermelho e anunciou:
Vou pintar tecidos de seda e de algodão
peças de roupa para qualquer ocasião.
E assim começou a trabalhar o dia inteiro
misturando as cores descobrindo novas tonalidades
para todos os gostos das aves.
Ela mesma se pintou e muito bela ficou.
Um canarinho que por ali passava pediu:
Me pinte amarelo sol
e o dia se abriu.
Todos pássaros agora queriam cores vibrantes
uns como o poente
outros com cores berrantes
E assim foi
Dona coruja o dia todo a pintar
Bem-te-vis, melros, colibris , sabiás.
De tão cansada que ficou
guardou suas tintas
o dia então terminou!
Mas eis que um corvo ainda não tinha sido presenteado
esbaforido, maledicente, sem paciência
todas as tintas juntou
e assim deu-se a confusão! Paula Belmino
E agora como acabaria essa bela história? De Lúcia Hiratsuka o livro As cores dos pássaros pela Editora Rovelle, traz lirismo e ares poéticos que aqui transformei num poema. O livro é cheio de inspiração e trabalha o surgimento das cores, convidando o leitor a viajar na imaginação e voar com os pássaros. A autora que também é ilustradora usa lindas pinceladas com a técnica chamada Sumi-ê : Um estilo de pintura oriental que mistura basicamente a cor preta atrelados ao desenho e elementos da caligrafia. Nessa técnica as pinceladas não são retocadas e o material usado pelo artista são elementos da natureza como pincéis de bambu ou de pelos, que minhas crianças inspiradas na história tentaram reproduzir usando canudos e tinta guache, foi um incentivo para que eles possam partir para a técnica da pintura abstrata pois eles ainda estão bem no concreto, e tenho oferecido na medida do possível, novos materiais, novas maneiras de mostrar como são feitos os desenhos, e até as crianças que achavam que não desenhavam bem, hoje estão se superando os próprios limites. As crianças na escola ficaram encantadas e como estamos trabalhando os animais vertebrados alio ao conteúdo didático e ao livro , a literatura, a imaginação, novas maneiras de aprender de forma significativa, sem apenas decorar conceitos, ou fatos. Com a leitura desse livro primeiramente compartilhada por mim, as crianças puderam ir fazendo a interpretação oral. Fiz um ditado com os nomes dessas aves e eles puderam pesquisar conhecer um pouco das aves que para eles tem outros nomes por aqui, bem como saber mais sobre os costumes de cada um. Após o ditado as crianças reescrevera a história como compreenderam, e estão melhorando e muito o processo da escrita
Por fim depois de toda a festa foi a hora de tentar recriar a ilustração baseada na técnica Sumi-ê usando canudos e eles adoraram!!