sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Depressão Pós-Férias







Não é que não se goste de trabalhar, muito menos de fazer o
trabalho, da profissão, mas sim deixar as férias em família e voltar a rotina,
abandonar o comodismo e ir a luta por novos projetos e mudanças que requer em força,
iluminação diária, desprendimento e tempo.
Além disso, é
necessário deixar a família, filho na escola ou com alguém responsável para
voltar ao trabalho, o que para uma mãe nunca é fácil. É a mesma coisa da volta
da licença maternidade, quando a mãe precisa desmamar, ou complementar a
amamentação para que a criança não sofra, não sinta tanto sua falta quando esta
volta á rotina profissional.
Assim sendo voltar à rotina não é fácil em nenhuma etapa da
vida, deixar o lazer para pegar duro não trás prazer de momento e requer
descanso e costume.
Para mim é o que acontece sempre no final do ano, viajo fico
24 horas com a Alice e minha família pelas praias, sítios, dormindo tarde,
conversando , brincando esquecendo todos os dilemas, dai voltar a São Paulo uma
terra pra mim ainda estranha, grande demais, fria e dura demais.Uma selva de
pedra pra uma nordestina acostumada com casas geminadas e andar a pé,conversar na calçada com os vizinhos.
 Pra mim a separação de meu bem é um parto.
Por isso topei participar do Programa mais você da Ana Maria
Braga sobre depressão pós-férias, pois é esta angústia de deixar minha filha na
escola o dia todo e não poder sentir seu cheiro todo instante que me causa dor,
e ansiedade nos primeiros dias de desencontro. Um cordão umbilical cortado ás
pressas, um romper de amor, uma ponte separando a gente. Até que o tempo se
encarrega de amenizar a dor e a vida se torna rotina. Pois com tudo a gente se acostuma.
E não é doença sentir tristeza em estar longe do filho, não é vergonha sentir
angústia em deixar o lar abençoado para zelar por pessoas que você ainda nem
conhece e que vai se tornando parte de você, de uma nova família. É por isso que
essa depressão pós-férias não é de sobremaneira um sinal de profunda insatisfação
com o trabalho, mas sim um sinal de que a gente pra vencer na vida precisa
vencer também sentimentos humanos, luto, separação, a dor de deixar o filho, o esposo,
os pais e seguir na vida sozinha, pois nela viemos só e levamos dela o
coletivo, mas levamos a sós e só partimos dela.
Não é depressão ou doença sentir dor, insatisfação e angústia,
É doença sim não sentir nada, ser indiferente com quem vive ao nosso lado.

Paula Belmino

**Assistam ao vídeo dos programas melhores de 2011 do Mais
Você que reprisou esta semana com minha participação e da bela Alice e o papai.

6 comentários:

Flávia Alves disse...

Sei como é, também adoro trabalhar, mas passar um tempo maior com a família e depois voltar a rotina é difícil mesmo!!! Como sempre o blog está lindo, beijinhos nas duas

chica disse...

Te entendo bem.;;Acabo de retornar...

beijos,chica

ONG ALERTA disse...

Férias é bom, mas por um período...
Beijo Lisette.

Anônimo disse...

Paula, seu texto reflete bem o que sentimos nesse retorno das férias. Gostei muito e entendo perfeitamente. Fiquei feliz com sua visita no meu cantinho, já estava com saudades e que bom que a idéia do chá de camomila deu certo. Na verdade, estou voltando devagar também ao blog, passei por um momento bem triste, estava quase no 5 mês de gestação e perdi o bebê, tenho que ter fé e acreditar que Deus sabe o que faz... mas que dói, dói...
Enfim, amanhã volto ao trabalho, que Deus me de força!
Beijos no coração das duas meninas lindas aí, e o novo visual do blog está muito linnnnnnnnnnnnndo! Amei.

Fiquem com Deus.
Su.

Marineide Dan Ribeiro disse...

Olá querida!
Este seu cantinho eu ainda não conhecia!
De fato, voltar das férias é que são elas...Na hora de ir é só alegria!

Estrou levando seu link para minha sala de Mimos!

Beijão

Vida disse...

Assisti a matéria ameiiiii, realmente da uma depressão mesmo após férias. Pois nós que somos mães e trabalhamos fora é difícil conciliar tudo, mas aos pouquinhos tudo vai se ajustando.