Doces prazeres da vida

É carnaval, folia, muita gente nas ruas, dançam, brincam, se fantasiam.
Aqui em casa é tempo de descansar e curtir a família, já que o feriadão emendado nos permite ficar mais horas com a filha do coração, e ter tempo para sentar na calçada, ouvir o som de passarinhos, ver um filme comendo pipoca e à noite ir para igreja ou num retiro espiritual, numa busca maior de encontrar a  Deus na ternura de um lugar tranquilo rodeado de natureza, quando o mundo inteiro ferve e brame aos gritos do carnaval.

Aqui não há escola de samba e nem participamos de blocos, e este ano também não viajamos. Vivemos estes dias a saborear os doces prazeres da vida. O dormir até tarde, o comer sem pressa, o abraçar por mais tempo, o acordar e tomar um banho de sol e um banho demorado. Aqui os dias passam calmos e o silêncio quase nos deixa esquecer em que mês e dia estamos. Há apenas a leveza de pássaros que se demoram nos fios a fazerem seus ninhos e o titilar de joaninhas nos nossos ombros quando nos sentamos embaixo de frondozas e frescas árvores.

São pequenos prazeres que guardamos na alma...
O pegar besouros e soltar na felicidade plena de vê-los livres voando
O ouvir dos pássoros cantores do sertão
O brincar com areia, com bonecas e casinhas
O beijo e um colo de mãe macio sob o tronco da árvore
O pentear o cabelo da filha e fazer-lhe tranças, ou enfeitar com um laço
O escolher o vestido mais bonito  combinando com o calçado confortável, colorido, o mais preferido para que os pés estejam prontos para percorrer com delicadeza a estrada da paz e assim está impecavelmente bela para ir à igreja cantar, alegrar-se na alma, socializar o bem e orar pelo mundo.



São pequenos e doces prazeres! Não é preciso fantasia e nem carnaval. Pra gente sorrir e ser feliz todo o ano basta que  o silêncio desses dias nos revigore o corpo e a simplicidade do amor na nossa alma ache abrigo e paz.







Paula Belmino

*Alice usa
Vestido longo Elian
Sandália tachinhas Pé com Pé Calçados coleção Verão
Laço acervo