quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cruz e Sina



Vivi um grande amor, ainda o amo, além do tempo, dos limites dos sentimentos, alheio, avesso, mundano, impuro, vadio, platônico.
Não há um poema que descreva a imensidão desse amor que devia ser varrido da memória e insta em ficar pra sempre aquém do que atropela, do que sofre, do que foi, do que fez em meu corpo alma e coração, do que ainda é: Um sonho que nunca acorda!
Um desejo que nunca se realiza, um sentimento que nunca consegue externar a grandeza de um bem querer, um amor além do tempo, do destino, algo que a gente não consegue escrever.
Nem todos os adjetivos expressam esse amor que é vida e luz, inocência e carinho, afeto e paz, ao mesmo tempo pandemônio na alma que não se satisfaz.
Todos os dias um primeiro e último pensamento, vontade imensa de voar e poder entre meus pés ligeiros o encontrar e entrar na alma eternizando assim a triste e doce sina de quem só nasceu pra o amar.
Em todos os momentos estar embebecida de ternura , transbordando do último desejo, ansiando o último encontro, um adeus solene, um olhar ,a pensa um único olhar. Os olhos sãos as janelas da alma e a tua adorada a mim diria: Fui feliz um dia! Só um íntimo encontro, um debulhar de lágrimas, um enxugar teus pés com doçura, e assim esmaecer o fogo do amor que me consome.
Em toda vida percorrer a estrada levando essa cruz pesada que parece nada, quando tuas mãos me procuram, uma palavra, um recado no vento, um sonho, uma ilusão. Assim vou vivendo estes dias,  todos anos, em fervente melancolia e ebulição: Sofro, choro pela ausência tão grande e morro nas noites quando em minha alma explodes em paixão
Paula Belmino

3 comentários:

Zezinha Lins disse...

Que texto lindo, amiga, puro amor! Parabéns!!!! Beinjinhoss!!

Vida disse...

Belo texto se tú não fosses poeta amiga eu diria que estais apaixonada!!! Amo suas poesias Paula, meus parabéns...

Anônimo disse...

Lindo muito lindo... sai d'alma.