terça-feira, 22 de maio de 2012

Ilusão




De repente o seu perfume adentra o quarto,

Preenche meus sonhos,

Embebeda meus desejos,

Adentra minhas narinas,

Paira no coração.
Minha boca saliva,

um frio na barriga

uma doce e estranha sensação.

Você advém do meu mágico sentimento,

Do mais louco pensamento,

Do meu desejo em cio.

Perfume de flor,

De anjo,

De um passado presente,

 De estranho amante eloquente

Desse desejo vadio.

Derramando sua boca em meus seios que se esguiam.

Meu corpo treme...

De desejo,

De bem querer

De frio.
E teu perfume adentra

O quarto, a cozinha, a sala,

 E entre a multidão de sentidos minha alma  que outrora vazia.

Agora peca a desejar teu corpo num perfume gostoso,

 Numa névoa que incendeia minha noite.

E para sempre nessa madrugada que dura

Serei  tua...

Impura,

Serva,

Rainha.

Sonho? Loucura? Saudade ou inquietude?

Tua alma eu beijo face a face em ternura.

Num gozo de amor,

 Numa gota de orvalho na flor

 E na lágrima nesse versos  marcados

Pela chama que queima  a página

e lhe  escreve em doce ilusão que raiou.



Paula Belmino

3 comentários:

Solange Maia disse...

Paula,
escreve lindamente sobre a nudez do bem querer... sobre a entrega, o amor...
beijo carinhoso

sueli disse...

lindo parabéns!! aiai fiquei cheia de ilusão!!

LUDMILA KAREN disse...

Lindo... Você arrasa.