quinta-feira, 6 de julho de 2017

Melancolia




A alma escorre dentro da solidão
e fica imóvel
se ressente, 
sente e sofre 
os pesadelos todos do mundo.
É como se adentrasse o monturo e 
apodrecesse, sem sal da terra
esquecida da vida.
Chora todas as lágrimas 
beirando o precipício
ali onde a ansiedade consome
a solidão sempre faminta
devora todos os sentimentos
e a alma verte dor em seus gritos.
Espera, quase sem esperança
o sal da terra,
a flor branca da paz,
a janela que abra para fora,
o moinho do tempo trazendo vida, 
Em torpor se dilacera solitária
na escuridão, a pobre alma
ansiando a luz que mostre o caminho.




Paula Belmino

3 comentários:

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Belíssimo poema que expressa o quanto de sentimento escorre de uma alma poética. Beijos!

Eunice Anjos disse...

Linda poesia!

Eunice Anjos disse...

Linda poesia!