quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Poesia e Folclore!






Vocês conhecem Mani?
a índia tupi que nasceu com a pele 
branca como a via-láctea
alva feito uma flor de narciso?
Uma índia a trazer felicidade para sua tribo.
Mas ela ficou doente
e deixou a todos preocupados.
O pajé rezou
a tribo chorou,
mas de nada adiantou
Quatro estações apenas Mani durou.
E os avós com lágrimas
dentro da própria oca
o corpo de Mani sepultaram
e muitos tristes os índios ficaram.
Todos os dias as lágrimas da família
a sepultura de Mani regava
a terra seca era molhada
lágrimas de saudade e amor.
E ali uma planta brotou
de caule delgado
com as raízes saltando pra fora da terra.
Por fora uma raiz cor de canela
por dentro branca como a uma flor bela.
E nessa hora todos ali comprenderam
Mani era um milagre para trazer à sua gente fartura
E o cacique ouviu
Uma cotovia lhe disse:
É Mani que ainda vive!
Essa é a lenda de Mani,
a lenda da mandioca,
raiz que os índios transformaram
em tapioca, farinha e beiju,
raiz que alimentou todos na aldeia,
e as terras vizinhas.

Paula Belmino


Foi assim nossa aula com inspiração no poema de Eloí Elisabete Bocheco Mani, no livro Cobra Norato e outras miragens com ilustrações de Dane D'Angeli pela Habilis Press Editora
As crianças leram, criaram suas releituras, um texto coletivo, depois fizeram arte com reciclagem usando revistas e rolinhos de papel para dar vida a Mani. 
Vejam:







E essa e outras atividades sobre o folclore brasileiro sempre incentivando à arte, a leitura e as vivências poéticas serão apresentadas á toda escola na próxima semana. As crianças estão ansiosas!

Para comprar o livro:

4 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida Paula!
Revejo momentos meus no passado junto aos alunos tão queridos.
Seja feliz e abençoada!
Bjm de paz e bem

chica disse...

Que legal isso tudo e os trabalhinhos ficaram muito lindos e as crianças enquanto se envolvem trabalhando, aprendem...DEZ! bjs, chica

Anônimo disse...

Linda arte! Beijo. Renata e Laura

Toninho disse...

Isto que não se pode perder Paula e assim com esta dedicação vai-se manter as culturas e tradições priorizando o folclore nosso de cada dia.
Bonito ver as mãozinhas embrenharem-se pela arte.
Aplaudo seus projetos amiga.
Abraços
Bjs de paz amiga.